Como o caso Weinstein gerou uma onda de condenação a abusos

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 18/10/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Se todas as mulheres que já sofreram abuso ou violência sexual escreverem 'eu também' nas suas redes, nós talvez possamos dar uma ideia da magnitude desse problema", escreveu a atriz e produtora americana Alyssa Milano no último domingo (15).

Foi assim que a hashtag #MeToo inundou as redes e expôs milhares de casos de abuso sexual nos Estados Unidos e no mundo, atingindo rapidamente o topo da lista de assuntos mais comentados do Twitter.

Em meio à discussão do caso Harvey Weinstein, que, conforme revelou reportagem do jornal "The New York Times" publicada no último dia 5, abusou de dezenas de mulheres com a conivência de poderosos de Hollywood, a atriz lançou a iniciativa convidando todas as mulheres a tornarem públicos os assédios sofridos.

O episódio lembra a reação das redes brasileiras à campanha #PrimeiroAssedio, lançada pela ONG Think Olga em 2015, quando mulheres de todo o país compartilharam histórias sobre a primeira vez em que sofreram assédio sexual.

Milano ficou conhecida por seu papel como a bruxa Phoebe no seriado "Charmed", no qual contracenou com a atriz Rose McGowan —uma das várias vítimas dos abusos do produtor americano Harvey Weinstein, conforme exposto na reportagem do "NY Times".

Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Léa Seydoux, Mira Sorvino e Asia Argento foram algumas das atrizes que vieram a público desde então para denunciar os abusos cometidos por Weinstein, que foi expulso de sua própria companhia e das academias de cinema que organizam os prêmios Oscar e Bafta (da Inglaterra).

O caso se destaca pela magnitude —foram dezenas de vítimas em cerca de 30 anos de atuação impune.