Mais uma criança morre após ser picada por escorpião no Paraná

Autor: Da Redação,
sábado, 16/09/2017
Duas crianças morreram no Paraná recentemente após serem picadas por escorpiões - Foto: portal Vida no Campo

Uma menina de 5 anos morreu na noite de sexta-feira (15), após ser picada por um escorpião amarelo ao brincar no tapete da sala de casa em Cianorte (noroeste do Paraná). A mãe também foi picada na mão ao tentar socorrer a criança.

A mulher e filha foram levadas por um vizinho até a UPA, mas a menina foi transferida para para o Hospital São Paulo em razão da gravidade do caso e ficou internada na UTI.

Uma equipe do Samu se preparou para transferir a criança para o Hospital Universitário (HU) de Maringá, mas médicos avaliaram que o estado de saúde dela era muito grave e poderia não resistir a viagem. 

A menina sofreu uma parada cardíaca e foi reanimada pelos médicos. Mas no final da noite a criança não resistiu e morreu no hospital São Paulo. A mãe continua internada.

O padrasto da menina supõe que o escorpião tenha vindo de um terreno baldio ao lado da casa.

Morte e alerta
O aumento nos últimos dias dos casos de pessoas picadas por escorpiões e a morte de duas crianças (em Jussara e Cianorte) deixou as autoridades estaduais da área de saúde pública em alerta. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), nos oito primeiros meses de 2017 foram registrados 800 casos de picadas por escorpiões no Paraná, a maioria crianças. 

As regionais de saúde de Maringá (168), no norte do Paraná, Paranavaí (107), no noroeste do Estado, e Ponta Grossa (90), na região dos Campos Gerais, foram as que mais registraram casos desa natureza.

Epidemia
Já prefeitura de Jussara, na região noroeste do Paraná, confirmou na quarta-feira (13) que o município enfrenta uma epidemia de escorpiões. Segundo a Sesa, a cidade está entre as quatro do Estado com o maior índice de picadas por escorpião neste ano.

Menino de 4 anos
Um menino de quatro anos residente na cidade, que levou uma picada enquanto dormia, morreu em agosto deste ano. E uma menina de dois anos foi internada após ser picada, mas se recuperou. De janeiro a agosto de 2017, foram registrados 27 casos de pessoas picadas por escorpiões em Jussara.

Outros casos
Outros casos de pessoas picadas por escorpiões no Paraná foram registrados na terça-feira (12) à noite. Uma criança de 3 anos foi picada por um escorpião preto em Maringá (norte do Estado). 

O caso foi registrado na casa em que a vítima mora, em uma chácara no Jardim Ouro Verde. Após ser picada no pé, a vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Universitário. Foram feitos exames e a criança já recebeu alta médica.

Em Umuarama (região noroeste do Paraná), uma criança de 5 anos, foi picada quando estava no sofá de sua casa, no Parque Dom Pedro. ele foi encaminhado ao um hospital de plantão e passa bem.

Calor favorece procriação
Com a elevação da temperatura, a presença de animais peçonhentos, como os escorpiões, aumenta dentro das residências. Isso porque quanto mais quente, maior é a quantidade de insetos nas casas, que são os alimentos desses animais. 

O escorpião é normalmente encontrado embaixo de telhas, nos entulhos de quintal, dentro de tijolos, de madeiras e restos de construção. Também se escondem dentro de fossas e caixas de gorduras sujas. Eles entram nas casas através de frestas, por baixo da porta e pelo pano de limpeza que fica jogado no chão depois de usado, porque é seguro, úmido e escuro.  

Ele pode subir pelo ralo, porque consegue se locomover pelas paredes, e também pelas janelas abertas. A Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Sesa adverte que a picada do escorpião é muito perigosa e que é preciso ter um atendimento rápido e eficaz quando isso acontece.

Espécies predominantes
No Paraná predominam duas espécies: o escorpião amarelo e outro de cor marrom clara, com um desenho de um triângulo no corpo. Essa espécie veio do Nordeste do Brasil e é encontrada em um bairro de Curitiba e em Umuarama, na região Noroeste do Estado. 

De acordo com a Sesa, é importante saber qual a espécie para descobrir o tratamento ideal à vítima. A recomendação é para não apertar, não chupar e não amarrar o local da picada, porque isso não vai ajudar no tratamento e buscar ajuda média com a maior urgência.