O número de pessoas que possuem cães em sua residência cresceu de maneira estrondosa nos últimos anos. O fato desses animais serem tidos como os melhores amigos dos homens influencia nessa escolha na hora de se adotar ou comprar um pet para viver em sua casa, criando laços de amor que duram toda a vida do animal.
Mas o que poucas pessoas sabem é que não somos apenas nós, os seres humanos, que temos esse tipo de amizade leal. Para os cães esse laço pode ser muito mais forte do que se imagina. De acordo com pesquisa divulgada pela University of California em San Diego, os animais nos têm como propriedades deles, fazendo de nós únicos e exclusivos em suas vidas.
Apesar de ser algo que muitos donos já vivenciaram, o ciúme nos cachorros foi descoberto pela primeira vez em 2014, por uma pesquisa divulgada pelo periódico Plos One, onde os donos tinham de interagir com objetos em um canto da sala e os cachorros do outro lado apenas observando, quando seus donos interagiram com animais de pelúcia as alterações comportamentais foram nítidas ao se sentirem ‘trocados’ por outros caninos.
Porém, a Universidade da Califórnia foi mais longe ao pôr em interação com os donos um 'cão robô' que possuía características muito similares aos de carne e osso, como latido e cauda que balançava para seus humanos. Eles até puderam levar os bichinhos mecânicos para casa e anotar o comportamento dos cães reais ao ver a interação entre os dois. As práticas foram analisadas também em ambientes abertos, onde os cães reais costumam frequentar, como parques. Ao chegarem juntamente dos animais biônicos foi notado que os cães mal saiam do lado de seus donos, evitando assim dividir a atenção dos mesmos com o ‘inimigo’.
Os cães fizeram tudo o que puderam para evitar que seus donos se aproximassem ou interagissem com o cachorro "robô" e eles o fizeram ladrando e tentando mordê-lo. Ao fim da pesquisa fora concluído que o "ciúme" é uma emoção primordial que realmente existe tanto em humanos quanto em outras espécies sociais, como os cães, afirmando assim que nossos amigos caninos são mais complexos do que imaginamos e eles realmente mostram muitas emoções "humanas".