Com anúncio da pré-candidatura do senador paranaense Alvaro Dias ao Palácio do Planalto em 2018, o partido Podemos foi lançado no último fim de semana em Brasília. O senador foi anunciado como um candidato “sensato” que vai unir o País.
“Vamos arrancar o Brasil das mãos sujas de corrupção dos que nos assaltaram nos últimos anos”, disse o senador, ex-tucano, que agora trocou o PV pelo Podemos. “Sem reformas e sem mudanças mergulharemos nas águas sujas do fracasso”, acrescentou.
O partido é uma atualização da sigla PTN (Partido Trabalhista Nacional), que obteve autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em maio para mudar de nome. Apesar da inspiração na sigla homônima da Espanha, o Podemos brasileiro é lançado como um partido de centro, enquanto a proposta europeia é de esquerda.
O Podemos conta atualmente com uma bancada de 14 deputados federais e 2 senadores, com as filiações de Romário (RJ), que deixou o PSB, e de Dias.
Embora oficialmente o partido se apresente como “independente” em relação ao governo de Michel Temer, ainda possui cargos como a presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
Em seu discurso, a presidente nacional da sigla, a deputada Renata Abreu (SP), negou que seja motivada por cargos no governo. “Os que vieram para o Podemos não vieram por troca-troca, por ministérios. Vieram pela mudança”, disse.
Candidaturas de 'centro', mas com discurso de mudanças
A aposta do partido é lançar candidaturas de “centro” ligadas ao discurso de mudança e de maior participação popular, sobretudo com intenso uso de redes sociais. Durante os discursos repetiu-se várias vezes que a divisão entre “direita e esquerda” era “coisa do passado”.
Além de Dias, o Podemos pretende lançar seu irmão Osmar Dias ao governo do Paraná e Romário ao governo do Rio de Janeiro.