Saiba como são os assustadores ataques coordenados de jiboias

Autor: Da Redação,
sábado, 27/05/2017
Ataques coordenados de jiboias são o terror que você não sabia que existia

Quando chega a noite, espécies de morcego noturnas se levantam de seus descansos diários para se alimentarem, criando nuvens espetaculares enquanto saem de cavernas em massa. Mas um olhar mais atento para as colônias de morcegos frutíferos que saem dos buracos em Cuba revelam um ritual macabro simultâneo: conforme os morcegos surgem das cavernas, uma cortina mortal de jiboias cubanas espera em seu caminho, tentando pegar as criaturas aladas no meio do voo. É isso mesmo: essas cobras coordenam seus ataques, e o resultado é assustador. 

Vladimir Dinets, professor assistente de pesquisa na Universidade do Tennessee, Knoxville, estava coordenado um tour de observação de pássaros e mamíferos no Parque Nacional Desembarco del Granma, em Cuba, quando notou pela primeira vez as cobras caçadoras de caverna. Intrigado por seu comportamento ousado, ele decidiu observá-las mais de perto.

As jiboias envolvidas poderiam ser todas encontradas se aquecendo próximas à entrada da caverna durante o dia, enquanto os morcegos dormiam em uma câmara adjacente, separada por uma passagem estreita. Quando a luz do dia caía, algumas das cobras se moviam, deixando seus cantos aquecidos e indo em direção à passagem.

Lá, elas balançavam seus corpos de serpentina do teto, prontas para atacar conforme os morcegos passavam voando. Outras cobras assumiam posições de caça semelhantes conforme a noite passava, capturando os morcegos enquanto eles voltavam. Durante cada oportunidade de alimentação, Dinets gravou minuciosamente a posição das cobras, assim como seu sucesso na caça (ou a falta dele).

Após oito dias de gravações, Dinets concluiu que as cobras coordenavam suas caças e publicou seus resultados na Animal Behavior and Cognition. A primeira jiboia escolhia seu lugar. Então, quando a próxima se esgueirava, se posicionava próxima à primeira. E se uma terceira cobra se juntava, ela também se pendurava com as outras. 

Dinets considerou que as cobras pudessem apenas todas gostarem das mesmas áreas da passagem, mas nenhuma cobra escolheu a mesma parte duas vezes durante todo o estudo, sugerindo coordenação em vez de preferência recorrente por um local. E essa coordenação valeu a pena. As jiboias eram significativamente mais propensas a capturar uma refeição se caçavam juntas.

As informações são do Guizmodo