Lula dá sua versão a Moro sobre declarações de Léo Pinheiro; entenda o caso

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 10/05/2017
Foto: Reprodução

Hoje, (10), o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, depõe ao juiz Sergio Moro em uma das fases da Operação Lava Jato. O interrogatório vem gerando uma comoção exacerbada por parte dos manifestantes, tanto os que são a favor, quanto aos que se declaram contrário ao político.

Mesmo sabendo Lula não poderá ser preso hoje, a imprensa vem averiguando que o Moro já tem muitas provas substanciais para uma possível condenação do ex-presidente. Dentre elas a delação premiada que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS está acertando com a justiça, na qual ele revela pontos importantes sobre o caso do tríplex do Guarujá, motivo pelo qual Lula está sendo interrogado em Curitiba.

O empreiteiro relata que o tríplex no Guarujá, apesar de ter o nome da empreiteira no contrato, foi dado a Lula como forma de um abatimento dentre as propinas que seriam pagas ao ex-presidente em troca de favores, dentre eles contratos milionários com a Petrobras, onde Lula facilitaria o repasse das obras para a empreiteira.

Juntamente com a delação, Léo Pinheiros entregou a justiça uma série de documentos que corroboram com sua delação. Um desses documentos faz menção a veículos registrados em nome do Instituto Lula que teriam passado por pedágios rumo a Guarujá entre 2011 e 2013, bem como visitas frequentes de Marisa Letícia, falecida em fevereiro desse ano, ao imóvel.

O empreiteiro vai mais longe, afirmando ainda que toda a reforma, custeada pela empresa OAS, ficou em mais de 1 milhão de reais, que de acordo com Léo Pinheiro, tinha o consentimento direto do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari que afirmava ao empreiteiro que Lula estava ciente do valores da reforma, já sabendo que esse valor também seria abatida de suas propinas.

Em seu depoimento vazando a imprensa, Pinheiros ainda diz que Lula, em 2014, pediu para que ele destruísse qualquer tipo de prova que ligasse o político ao tríplex.

Já a defesa de Lula, diz que se o apartamento estivesse destinado ao ex-presidente, a empreiteira jamais teria oferecido o imóvel como garantia em um contrato, já que a propriedade consta na recuperação judicial da OAS como parte do patrimônio.