Estudos identificam vítimas nazistas através de amostras de cerebros 

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 04/05/2017
Foto: Reprodução

O projeto de pesquisa com partículas humanas de vítimas do nazismo começará em junho, três anos após um funcionário do instituto Max Planck ter encontrado uma caixa com seções cerebrais de vítimas do programa de eutanásia de Adolf Hitler.

Em sua grande maioria, as pessoas eram assassinados por serem doentes ou por terem algum tipo de deficiência. Estima-se que cerca de 300.000 pessoas, entre adultos e crianças fizeram parte do programa Aktion T4, de eutanásia involuntária, no período de 1939 a 1941.

A pesquisa desenvolvida pelo instituto Max Planck, está analisando uma serie de investigações com restos mortais para montar uma base de dados abrangente que liste os nomes de todas as vítimas, segundo a agência France-Presse.

Com sede em Munique, o Instituto que atua sem fins lucrativos, pretende documentar desde dados básicos até a maneira com que cada vítima foi morta. O estudo irá desvendar um grande mistério do extermínio nazista.

O antigo programa nazista matava pessoas no intuito de eliminar aqueles que não seriam a “raça ariana perfeita”. Mais de 70 mil pessoas foram mortas em um único ano através de camaras de gases, sem ao menos seis locais da Alemanha.

Nos campos de concentração, os prisioneiros eram submetidos a experiencias coentificas e médicas, incluindo esterelizações forçadas para garantir a não continuação dos genes da pessoa.

O Instituto Mak Planck, fez parte da era nazista como um instituto cientifico, mas com a nomenclatura de Kaiser Wilhelm. O que justifica o fato de possuirem em suas instalações e arquivos, os restos mortais, recebido durante o período da 2ª Guerra Mundial.

Entre outros institutos da época, a pesquisa feita com os restos mortais dos partcipantes do programa Aktion T4, contou com mais de 700 cerebros dos eutasianados, com as mais diversas variações de deficiência ou problemas no período de 1940 a 45.

.Após o fim da guerra, os Institutos acabaram por enterrar tais restos, encerrando assim as pesquisas, mas em 1989, Max Planck decidiu reunir todos os restos que ainda possuiam, o que seria cerca de 70% do que foi recolhido – eles enterraram apenas restos que não estavam documentados ou de origens incertas.

Mas somente depois do achado de 2015, que os estudos tiveram inicio. Com a contratação de um especialista, o instituto de psiquiatria, elaboraram um inventário de todo seu arsenal, entre documentos históricos e restos mortais.

Com sua conclusão neste ano, o inventário reuniu uma lista de 24.500 especies de restos mortais, entre a década de 20 até a década de 80. Serão realizadas diversas pesquisas, bem como a reunião de outros documentos.

Mas eles já deixaram claro que sabem de suas limitações, reconhecendo que nem todas as vítimas terão seu histórico completo, tendo em vista o grande número de restos encontrados, finalizando que para eles, o cenário mais realista será recriar a biografia de apenas algumas delas, por meio de exemplos de outros.