Irmã de ‘mulher mais obesa do mundo’ acusa médicos de mentir sobre perda de 250 kg 

Autor: Da Redação,
terça-feira, 25/04/2017
Eman Abd El Aty estaria pesando cerca de 250 kg, mas irmã contesta perda de peso apontada por hospital (Foto: Saiffee Hospital)

A irmã da egípcia Eman Abd El Aty, conhecida como "a mulher mais obesa do mundo", acusou os médicos de mentirem sobre a perda de peso dela após passar por uma cirurgia na Índia. Eman foi operada no hospital Saifee, em Mumbai. Na semana passada, a instituição médica divulgou que ela havia perdido 250 kg.

Mas a irmã da mulher contestou a informação do hospital. Ela revelou ainda que o estado de saúde de Eman é delicado porque ela pode ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) durante a internação. O hospital negou categoricamente as acusações. A controvérsia teve início na última segunda-feira, quando a irmã de Ema, Shaimaa Selim, divulgou um vídeo na internet dizendo que sua irmã não está conseguindo falar nem se movimentar e que Eman não teria perdido tanto peso quanto diz o hospital. 

Nesta terça-feira (25), Shaimaa disse ao portal ahram.org "Ele (médico Muffazal Lakdawala, que comandou a cirurgia) não a pesou antes e depois da operação. Se ele tiver alguma prova da perda de peso, que nos mostre então quanto ela pesava antes e depois." 

Shaimaa diz que o estado de saúde de sua irmã é frágil. "O nível de oxigênio em seu corpo não está normal. Ela tem que respirar com uma máscara o tempo todo. Tem um tubo que vai do nariz ao estômago, porque ela não consegue comer ou beber pela boca." Uma porta-voz do hospital detalhou que Eman foi pesada novamente na segunda-feira e que, agora, ela estaria com 172 kg. Pelo Twitter, o médico Lakdawala negou ter mentido. "Shaimaa Selim, você matou a humanidade com um só golpe. Que Deus te ajude quando você perceber o que fez. Continuarei a tratar e rezar por Eman", disse.

Foto por Reprodução

Diagnosticada com elefantíase
Atualmente com 36 anos, Eman nasceu com mais de 6 kg e foi diagnosticada com elefantíase, uma doença parasitária que causa inchaço extremo dos braços e das pernas. Aos 11 anos, elasofreu um AVC. Em razão da obesidade - ela chegou a 500 kg -, Eman não conseguiu sair de casa, em Alexandria, por 25 anos. Ela foi levada de avião em janeiro ao hospital na Índia, onde realizou um regime e, em março, submetida a uma cirurgia bariátrica, realizada por uma equipe liderada por Lakdawala. 

Último recurso
Esse tipo de operação é usada como último recurso em casos de obesidade mórbida, quando o Índice de Massa Corporal (IMC) de uma pessoa é igual ou superior a 40 - ou 35 para quem tem problemas de saúde relacionados a excesso de peso. O hospital diz que Eman consegue agora usar cadeira de rodas e ficar sentada por um período maior de tempo, e divulgou fotos dela após a operação.

Foto por Reprodução

Insatisfação
A irmã também manifestou contrariedade com a perspectiva de alta de Eman, que considera prematura. "Há casos assim em outros lugares do mundo. Eles ficam no hospital por um ou dois anos para perder peso e voltar ao normal. Mas, depois de só um ou dois meses aqui, os médicos dizem que minha irmã pode retornar. Perguntei a eles como isso é possível, já que ela ainda está muito obesa", disse a irmã de Eman. "E se algo acontecer no Egito? Como vou levá-la a uma hospital lá? Seria impossível, e ninguém me ajudaria. Eu pedi: 'Por favor, a mantenham aqui por mais tempo para ajudá-la a perder peso', suplicou.

Com informações do portal ahram.org