Risco de guerra nuclear cresce a cada dia, alertam cientistas 

Autor: Da Redação,
sábado, 04/03/2017
​A possibilidade de um conflito nuclear é maior hoje do que em meados dos anos oitenta, afirmam cientistas europeus - Reprodução/Imagem ilustrativa

A possibilidade de um conflito nuclear é maior hoje do que em meados dos anos oitenta, quando lideranças políticas da União Soviética e dos EUA se encontraram em Reykjavik para iniciar o processo de redução dos potenciais nucleares.Esta é uma das conclusões a que chegaram líderes da organização Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear (IPPNW em inglês) e do movimento Pugwash (Cientistas para a Segurança Internacional) durante reunião realizada recentemente em Moscou, na Academia de Ciências da Rússia.  

Tais organizações não-governamentais receberam o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição para apaziguar as tensões internacionais e estabelecer contatos diretos entre os dirigentes de Estados beligerantes, no início das negociações oficiais, quando era necessário parar um conflito armado ou impedir que este se transformasse em uma guerra de grandes proporções. 

O atual presidente do comitê russo da Associação Pugwash, Aleksander Dunkin, e Sergei Kolesnikov, que representa a IPPNW, receberam seus colegas europeus.  Os especialistas que participaram do encontro tentaram analisar as iniciativas que seriam aceitáveis para políticos e diplomatas e poderiam contribuir para a redução dos potenciais nucleares mundiais. Os participantes elaboraram uma mensagem para o primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev, que foi oficialmente enviada para o seu gabinete. 

Situação perigosa
"O aumento da tensão entre a OTAN e a Rússia, na Europa e no Oriente Médio, é comparável ao aumento de tensões na Ásia do Sul entre a Índia e Paquistão e à situação perigosa na península coreana e no mar da China Meridional. Pesquisas recentes mostraram que a utilização de 0,5% dos arsenais nucleares existentes provoca alterações climáticas em todo o planeta, um declínio de dez anos na produção alimentar e a fome, que já matou mais de 2 bilhões de pessoas. 

Em resposta a essa ameaça, mais de 120 países que não têm armas nucleares se comprometeram a entabular negociações sobre o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares. Escrevemos-lhe para exortar a Rússia a se juntar a estas negociações e encabeçar o processo", diz o texto do documento enviado ao primeiro-ministro-russo.

As informações são da Agência de Notícias Sputinik e do The Telegraph