Nave da NASA foca em asteroide 'Terra-Trojan', que compartilha nossa órbita 

Autor: Da Redação,
domingo, 12/02/2017
Nave OSIRIS-REx está no momento viajando pelo quarto ponto Lagrange da Terra, que está localizado 60 graus à frente na órbita da do nosso planeta em torno do Sol - Ilustração: NASA

nave espacial OSIRIS-REx, da NASA, realiza desde quinta-feira (9) uma busca por uma classe enigmática de objetos próximos à Terra conhecidos como asteroides Terra-Troianos. A missão vai passar quase duas semanas procurando por evidências desses pequenos corpos.

Os asteroides troianos são presos em poços de gravidade estáveis, denominados de pontos de Lagrange, que precedem ou seguem um planeta. A nave OSIRIS-REx está no momento viajando pelo quarto ponto Lagrange da Terra, que está localizado 60 graus à frente na órbita da do nosso planeta em torno do Sol, a cerca de 90 milhões de milhas (150 milhões de quilômetros) de nosso planeta. A equipe da missão usará esta oportunidade para tirar várias imagens da área com a câmera MapCam da nave, na expectativa de identificar os asteróides Terra-Trojan na região.

Embora os cientistas tenham descoberto milhares de asteróides de Tróia que acompanham outros planetas, apenas um Earth-Trojan foi identificado até então, o asteroide 2010 TK7. Os cientistas preveem que deve haver mais troianos compartilhando a órbita da Terra, mas eles são difíceis de detectar a partir da do nosso planeta, pois eles aparecem perto do sol no horizonte.

Foto por Reprodução

Até 20 de fevereiro
A pesquisa teve início na quinta-feira e prossegue até 20 de fevereiro. Em cada dia de observação, a câmera da MapCam da nave espacial levará 135 imagens de pesquisa que serão processadas e examinadas pelos cientistas de imagem da missão da Universidade do Arizona, em Tucson.

Se a equipe vai confirmar ou não a existência de novos asteróides ninguém sabe ainda, mas cientistas avaliam que a busca é um exercício benéfico. As operações envolvidas na busca de asteroides Terra-Tróia são similares às necessárias para a busca de satélites naturais e outros perigos potenciais em torno de Bennu quando a espaçonave se aproximará de seu alvo em 2018. Ser capaz de praticar estas operações de missão crítica com antecedência ajudará a saber mais sobre os riscos de novas missões, conforme afirmação de astrofísicos da NASA.

Com informações da NASA