A sonda MRO da NASA captou imagens de Marte com várias marcas na superfície, provocadas por recentes quedas de meteoritos, conforme postagem no site do laboratório HiRISE.
Diferente da Terra, Vênus e de algumas luas de planetas-gigantes, Marte não tem uma atmosfera espessa (é aproximadamente 100 vezes mais fina do que a da Terra), por isso sua superfície pode ser facilmente atingida por asteroides e meteoritos, mesmo que sejam relativamente pequenos.
De acordo com o portal do HiRISE, tal característica pode ser considerada como uma vantagem sob o ponto de vista científico, pois possibilita apurar a idade de várias regiões do planeta com base em dados sobre a erosão das crateras e seu número total.
Há cerca de 10 anos, surgiu uma série de crateras estranhas na superfície marciana detectadas por fotos da sonda MRO, como se o Planeta Vermelho tivesse sido "crivado" por disparos de uma "metralhadora espacial".
As fotos destas duas dúzias de crateras foram recebidas pela sonda utilizando a câmera CTX e seu "irmão mais velho" HiRISE, que é capaz de captar imagens em Marte de estruturas com cerca de um metro.
Rachado em diversas partes
Preliminarmente, os cientistas acreditam que algo idêntico ocorreu, ou seja, o meteorito que deu origem a estas crateras, entre 2008 e 2012, se rachou em diversas partes ao entrar na atmosfera marciano.
Depois disso, aconteceu o "disparo espacial" que atingiu a região de Tharsis, na linha equatorial do Planeta Vermelho, vindo do hemisfério meridional marciano e se deslocando em grande velocidade.
Monitoramento permanente
A sonda MRO permanece monitorando tais crateras com o objetivo de avaliar quanto tempo levará para que tais rastros da "metralhadora espacial" desapareçam sob areia de Marte, que sobre elas se acumula em decorrência das tempestades de pó e ventos do registradas em Marte.
As informações são do portal jpl.nasa.gov