Estudo com gêmeos astronautas mostra que viver no espaço provoca alterações genéticas

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 30/01/2017
Mark, à esquerda, ficou em Terra, já seu irmâo gêmeo Scott permaneceu 340 dias no espaço - Foto: NASA

Resultados preliminares de um estudo que a NASA realiza com dois gêmeos astronautas revelam que há alterações genéticas no organismo do astronauta que viveu durante um ano no espaço.

Em março de 2016, Scott Kelly regressou à Terra após 340 dias a viver na órbita terrestre, a bordo da Estação Espacial Internacional.Junto com o cosmonauta russo Mikhail Kornienko, bateu o recorde da mais longa estadia no espaço.A sua missão era sobretudo avaliar os efeitos fisiológicos e psicológicos de tão prolongada permanência fora da Terra, como forma de preparação de uma viagem até Marte. Para um ser humano chegar ao Planeta Vermelho são necessários nove meses, mas uma viagem de ida e volta demorará 500 dias.

Foto por Reprodução

Ocasião única de estudo
Scott Kelly foi o foco da experiência mais interessante para os cientistas, pois em Terra ficou o seu irmão gémeo, Mark, também astronauta, mas já aposentado. Ambos têm exatamente o mesmo perfil genético, ocasião única para estudar eventuais disparidades na expressão dos genes - causadas pelas radiações ou pela micro-gravidade. Mark, o gêmeo em Terra, realizou os mesmos testes que o seu irmão "espacial".

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Conclusões finais
Os resultados iniciais deste estudo começaram a ser divulgados agora, mas foram tantos os testes e as experiências realizados que vão demorar alguns anos para os cosmólogos e geneticistas chegarem às conclusões finais. A revista Nature publicou um resumo das primeiras conclusões dos pesquisadores da NASA.

Com informações da revista Nature