Detento lança reality show feito dentro de prisão

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 23/01/2017
Detido por roubo dribla carcereiros para registrar cotidiano em celas de prisão na Rússia - Foto:Dmítri Serebriakov/TASS

Imagens impressionantes com um crânio, castings para entrevistas com prisioneiros e outros passatempos da área: Mikhail, um detento de 26 anos de Novgorod (a 500 km de Moscou), que cumpre pena por roubo, faz transmissões ao vivo da prisão na Rússia e se tornou muito popular entre os internautas do país.

Seu canal no Periscope sobre a vida cotidiana na cadeia teve 250 mil curtidas em poucos dias. Esquivando-se da proibição de telefones celulares nas prisões russas, o prisioneiro, apelidado Misha, mostra o cotidiano na celas escondido dos guardas e responde a perguntas de seus seguidores.

“Estamos no comum [centro de regime de detenção comum]. Saudações. Opa, já somos 267! Não acredito!”, diz Misha, em tom alegre, em mensagem aos seguidores. 

Misha pede às pessoas para darem uma “curtida” sobre seu uniforme e muitas vezes faz piadas sobre o centro prisional, comparando-o a um acampamento infantil chamado Aniutka ou Teliónok, ou a um sanatório. A localização exata do prisioneiro é, porém, mantida em segredo por receio de perder o acesso à internet.

Ele responde a perguntas no Periscope. Em uma das publicações, apresenta um colega chamado Víktor, apelidado pelos usuários de Vitiuchka, que foi detido por assassinato.

Foto por Reprodução

Ambos sempre aparecem nas transmissões e, embalados pela onda de popularidade, chegam inclusive a convidar garotas para visitá-los. Além do mais, dizem que “não é qualquer uma que poderá vê-los” e que “é preferível que tudo esteja em cima”.

“Haverá um concurso, um casting”, propõe Mikhail em tom de brincadeira. “Vamos anunciar um casting para a melhor garota, que vai ter um encontro comigo. Ela poderá provar todas as delícias de um prisioneiro”, brinca.

O sinal de celular dentro da prisão não é bom, e as transmissões sofrem interrupções frequentes, mas nem isso não é problema para os internautas, cujas perguntas são frequentes.

As informações são do portal Gazeta Russa