Saiba quais foram os últimos desejos e palavras de alguns condenados à morte em 2016

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 12/12/2016
Câmara de execução nos EUA: esse é o final  do "corredor da morte"| Imagem: Eric Risberg/www.news.com.au

Matéria postada pelo portal americano www.news.com.au revela quais foram os últimos desejos e palavras de várias homens executados em 2016 nos Estados Unidos após condenação e passagem pelo "corredor da morte". A grande maioria falou em arrependimento, desculpas e pedidos de perdão.

Após receber a pena de morte nos EUA, enquanto apela da decisão, o preso vive no “corredor da morte”. Mas não existe corredor: o espaço é composto por celas e uma área com televisão, mesa e chuveiro. E ele pode ficar fora do quarto entre 7h e 23h.

A espera pela injeção letal pode demorar anos, mesmo depois da condenação final. Durante essa espera, os condenados recebem visitas, mas nunca têm contato direto, tudo acontece atrás de um vidro. Também falam com o advogado, afinal, ainda há esperança: por ano, uma média de cinco americanos são libertados enquanto vivem no “corredor”. 

Quando as apelações acabam e a data da execução é marcada, o condenado é levado à “área de vigília”. Um espaço com poucas celas, onde ele passará a última semana de sua vida. O preso fica o dia inteiro trancado, vigiado por dois guardas. Só sai para tomar banho ou para consultar padres, advogados e psicólogos. 

Muito próximo da execução, com autorização do diretor da prisão, o preso pode conversar com a família frente a frente. Depois, na única mesa do ambiente, ele faz a última refeição. Esse espaço fica a uma porta de distância da câmara de execução. 

Se a data não for adiada, o condenado é amarrado em uma maca e recebe um cateter em cada braço. Ele faz uma declaração e essas últimas palavras são registradas. Depois, vai para a câmara, onde testemunhas – familiares do preso e da vítima, convidados e jornalistas – assistem à execução.

Saiba como foram os últimos momentos 
de alguns condenados à morte nos EUA

William Sallie, condenado por assassinato, pediu uma pizza média com pepperoni, algumas asas de frango com molho de búfalo e um refrigerante tamanho grande. Em sua cela, ele comeu sua última refeição. Na maca, ele foi amarrado a antes de injetarem uma combinação mortal de drogas em suas veias. Suas últimas palavras foram: "Eu só quero dizer que estou muito, muito triste por meus crimes. Eu realmente sinto muito ", disse ele, acrescentando que ele tinha orado por perdão muitas vezes.

'Viver e morrer pelas escolhas'
Richard Masterson de 43 anos, foi executado no Texas , onde os pedidos de última refeição são uma coisa do passado. Ele foi condenado por causa do assassinato de uma mulher após conhecê-la em um bar em 2001. Masterson declarou que ele estava em paz com a decisão do Estado de executá-lo e que ele merecia ser punido." Estão me mandando para um lugar melhor. Estou bem com isso ", disse Masterson. "Você tem que viver e morrer pelas escolhas que faz. Eu fiz a minha."

'Alívio pata todos'
Christopher Brooks na sua última refeição pediu manteiga de amendoim e um refrigerante Dr Pepper. Ele falou dentro da câmara antes de sua execução,: "Eu espero que isso traga um alívio para todos" e "Te vejo em breve, eu amo vocês".

'Não posso trazer tofdos de volta' 
Coy Wesbrook de 58 anos, foi condenado em 1997 pelo assassinato de sua ex-esposa, Gloria Jean Coons e quatro outras pessoas. Ele argumentou que tinha ficado furioso quando entrou na sala e flagrou sua ex-mulher na cama com quatro homens. Antes de ser executado, ele se desculpou. "Eu quero dizer que sinto muito pela dor que eu causei a vocês", disse ele. "Me desculpe, eu não posso trazer todos de volta. Eu desejaria que as coisas tivessem sido muito diferentes. 

Sem falar
Diversos condenados à morte, no entanto, optaram por não falar e algumas das últimas refeições pedidas por eles incluíam hambúrguer, bife com molho de pimenta, arroz cozido no vapor, feijões misturados e pão, além de sobremesas, como bolos e sorvetes.

Com informações do portal www.news.com.au