Cientista diz que a morte não existe como a percebemos e cita universos paralelos 

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 16/02/2017
Foto: Pixabay/imagem ilustrativa

Desde os primórdios da civilização filósofos, cientistas e religiosos têm refletido sobre o que acontece após a morte. Existe vida após a morte, ou nós simplesmente desaparecemos no grande desconhecido? Há também uma possibilidade de que não existe tal coisa como geralmente definimos como a morte. Uma nova teoria científica sugere que a morte não é o evento terminal que pensamos, pois nossa energia pode transcender de um mundo para outro.

Focado nesse contexto, o cientista norte- americano Robert Lanza,  teórico e autor da obra  “O biocentrismo – Como vida e consciência são as chaves para entender a verdadeira natureza do Universo",  assegurou de forma reiterada em recente palestra que tem provas definitivas para confirmar que a vida após a morte existe e que de fato a morte, por sua vez, não existe da maneira como a percebemos

Depois da morte de seu velho amigo Michele Besso, Albert Einstein afirmou: "Agora Besso se foi deste estranho mundo um pouco adiante de mim. Isso não significa nada. Gente como nós [...] sabe que a distinção entre o passado, o presente e o futuro é só uma ilusão obstinadamente persistente." 

há cientistas que são taxativos ao dizer que novas evidências nesse sentido continuam sugerindo que Einstein estava com a razão ao dizer que a morte não é mais do que uma mera ilusão

Respaldo na Física Quântica
Robert Lanza avalia que a resposta à pergunta "Que há além da morte?", sobre a qual os estudiosos filosofam há séculos tem respaldo na física quântica, e em concreto na nova teoria do biocentrismo. De acordo com o cientista, radicado na Escola de Medicina da Universidade Wake Forest, na Carolina do Norte (EUA), a resposta para essa indagação recorrente reside na ideia de que o conceito da morte é um mero produto de nossa consciência.

O professor afirma que o biocentrismo explica que o universo só existe devido à consciência de um indivíduo sobre ele mesmo. O mesmo acontece com os conceitos de espaço e tempo, que Robert descreve como "meros instrumentos da mente". Em um post publicado no Site do Cientista, Robert Lanza argumenta que com esta teoria o conceito da morte como a conhecemos "não existe em nenhum sentido real", já que não há certos limites segundo os quais possa ser definido. 

"Basicamente, a ideia de morrer é algo que sempre nos ensinaram a aceitar, mas em realidade só existe em nossas mentes", pontua Lanza. Assim mesmo, evidentemente, cremos na morte porque a associamos ao nosso corpo e sabemos que os corpos físicos morrem. 

 Para o teórico dos EUA, nossa maneira clássica de pensar baseia-se na crença de que o mundo tem uma existência objetiva independente de um observador. Mas uma longa lista de experimentos demonstra todo o contrário. O novo biocentrismo, teoria elaborada pelo cientista norte-americano, supõe que a morte não pode ser um evento terminal, como habitualmente consideramos

Biocentrismo = universos paralelos
Robert Lanza detalha ainda que o biocentrismo é similar à ideia de universos paralelos, a hipótese formulada por físicos teóricos conforme a qual há um número infinito de universos e tudo o que poderia acontecer ocorre em algum deles. A morte não existe em nenhum sentido real nestes cenários. Existem todos os universos possíveis simultaneamente, independentemente do que ocorre em qualquer deles.   

Foto por Reprodução


'Flor perene'
Em termos de como esse conceito afeta a vida após a morte, o professor explica que, quando morremos, nossa vida se converte em uma "flor perene que volta a florescer no multiverso" e acrescenta que "a vida é uma aventura que transcende nossa forma linear ordinária de pensar; quando morremos, não o fazemos segundo uma matriz aleatória, senão segundo a matriz inevitável da vida".

"A morte não existe em um mundo sem espaço nem tempo. A imortalidade não significa a existência perpétua no sistema temporário, senão que se encontra completamente fora do tempo", enfatiza Robert Lanza.

Com informações do The Independent