O clima tenso já toma conta da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) na manhã desta terça-feira (22) por conta da votação da proposta que suspende o reajuste salarial do funcionalismo público.
A Comissão de Orçamentos da Assembleia legislativa aprovou na segunda-feira (21) por quatro votos a dois, as emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017 que prioriza as progressões em atraso e o pagamento de promoções. Agora, a votação vai a plenário nesta terça-feira e quinta-feira (24).
O reajuste havia sido aprovado em 2015 como uma das promessas para que a greve dos professores fosse encerrada. O projeto previa ainda 1% de ganho real para o funcionalismo. Agora, o governo declara que não tem como pagar o reajuste e as promoções, que juntas causariam grande impacto no orçamento de 2017.
Na expectativa para acompanhar a sessão, trabalhadores de todo o Estado estão chegando a Curitiba nesta manhã. Para reforçar a segurança e evitar invasões como a que aconteceram em fevereiro do ano passado na própria Assembleia e confrontos como o ocorrido em abril do mesmo ano, no Centro Cívico que deixou mais de 200 pessoas feridas, o presidente da Alep, o deputado estadual Ademar Traiano (PSDB) se reuniu com o comando da Polícia Militar (PM) e estabeleceu algumas medidas cautelares.
Ele afirmou que não irá permitir desordem e preservará a integridade da casa, bem como dos deputados. No entanto, ele assegura que não será permitido o uso de armas e nem de cassetetes da polícia. De acordo com o presidente, apenas metade das galerias, com capacidade para 500 pessoas, serão ocupadas pelos servidores, que passarão por revistas para poder acompanhar a votação.