Será que poderíamos viver em Marte? Por mais que o Planeta Vermelho seja um local inabitável, poderíamos futuramente usá-lo como alternativa para que a raça humana sobreviva? Recentemente a sonda Oppotunity, da NASA, descobriu uma região de Marte que reuniria indícios favoráveis ao desenvolvimento de vida em um passado remoto do planeta, há, aproximadamente, 3,7 bilhões de anos.
O achado aconteceu na cratera Endeavour, um buraco de 22 quilômetros de diâmetro que, segundo informações do veículo da NASA, foi inundado por água que tinha em sua composição um PH praticamente neutro e um nível de acidez favorável ao desenvolvimento de vida microbiana. Essas condições podem ter sido alteradas pela queda de um grande objeto do espaço, o que teria criado a cratera e tornado a água extremamente ácida e hostil à vida até mesmo aos organismos mais resistentes.
Ou seja, a cratera Endeavour não foi exatamente o local habitável, mas sim, a área onde existiu essa água de PH equilibrado. Sua existência é a prova de que algum evento ocorreu e modificou essas condições para sempre.
Planície de Argyre
Para encontrar evidência de vida em Marte, a melhor alternativa, segundo cientistas, é estudar a Planície de Argyre, uma enorme bacia de impacto no sul do Planeta Vermelho. A informação é a conclusão do estudo de uma equipe de astrobiólogos da Universidade de Cornell. O grupo desenvolveu uma pesquisa com o objetivo de determinar o melhor lugar para encontrar vida ou vestígios de organismos vivos em Marte.
Conclusão: se há ou houve vida no planeta, ela está (ou já esteve) na Planície de Argyre.“Argyre dispõe de uma série de paisagens interessantíssimas, do ponto de vista astrobiológico. A região tem depósitos hidrotérmicos, pingos [montes cônicos que têm seu núcleo formado por gelo] e antigos depósitos glaciais”, relatou o cientista que liderou o estudo, Alberto Fairén, em entrevista concedida ao site Space.com.
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Roteiro: Renan Ralts Peter Jordan Bruno de Jesus
Edição: WillianPL
Sonorização: KML Leopoldino
Locução: KML Leopoldino