Seis municípios fazem “vaquinha” e compram fuzis e munições

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 21/03/2016
Policiais de seis municípios do interior do Paraná vão receber fuzis doados pela comunidade - Foto: Divulgação

A carência de armamentos modernos e o sistema de Segurança Pública fragilizado – com destaque para o temor de roubos a bancos – fez com que o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de seis municípios do interior do Paraná fizessem campanhas para arrecadar dinheiro entre os próprios moradores das comunidades para adquirir fuzis e munições.

Empresários fizeram doações e os Consegs realizaram eventos com finalidade de adquirir recursos para a compra dos armamentos e munições. Os municípios que fizeram vaquinha para comprar os armamentos são Sarandi ( 90 mil moradores), Mandaguari (32 mil habitantes), Ivaiporã (32 mil habitantes), Faxinal (17 mil habitantes), Borrazópolis (7 mil) e Lidianópolis (3,7 mil habitantes), todos na região do Vale do Ivaí, no Norte do Paraná.

CUSTO - Os fuzis foram comprados a um custo médio de R$ 7,6 mil a unidade e devem ser entregues aos policiais dos municípios paranaenses em abril. Associações de militares denunciaram na última semana que o Paraná cortou pela metade a verba destinada à compra de armas. De acordo com policiais militares, a falta de armamentos  e o efetivo reduzido, principalmente nos pequenos municípios, põe em xeque a Segurança Pública no Paraná.


MODELOS DE ARMAS - Os fuzis que serão repassados pela comunidade aos policiais são do modelo IA2, calibre 5,56, produzido pela Imbel. Além do armamento, os Consegs compraram munições para treinamento e uso em operações.

BUROCRACIA - Para adquirir o armamento há um caminho burocrático a ser percorrido. Após manifestar interesse na compra, o Conseg precisa de aprovação da Polícia Militar (PM). Na sequência a compra precisa ser autorizada pelo Exército. Em seguida o Conseg adquire o armamento e só depois disso a empresa fabrica o fuzil.A Associação dos Praças (soldados, cabos e sargentos) do Paraná (Apra-PR) frisa que os problemas relativos a escassez de armamentos não ocorrem apenas no Interior do Estado.