​Paraná faz teste simultâneo de dengue, zika vírus e febre chikungunya

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 02/03/2016
Paraná passou de 60 para 1,4 mil testes semanais com nova tecnologia (Foto: AEN)

Uma tecnologia implantada no Paraná está garantindo a realização simultânea dos exames de dengue, zika vírus e febre chikungunya. Chamada de Multiplex, a nova metodologia foi colocada em prática pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR) no início do mês passado e agilizou a confirmação de casos.

Desde que adotou a tecnologia, o  Lacen-PR já processou 2.612 amostras e reduziu de dois meses para uma semana o tempo médio para a liberação dos resultados de diagnóstico e isolamento viral.

“Passamos de 60 para até 1.400 testes semanais. Isso fez com que garantíssemos um diagnóstico mais rápido, sobretudo para zika e chikungunya, que antes eram realizados por outros laboratórios de referência”, afirma a diretora do Lacen-PR, Célia Fagundes.

Segundo o último levantamento, divulgado na terça-feira (1º), o Paraná soma 8.728 casos de dengue  desde agosto de 2015. Paranaguá (2.012), Londrina (1.324) e Foz do Iguaçu (1.075) são as cidades com mais casos. O Estado tem 13 mortes confirmadas pela doença.

Em relação ao zika, são 93 registros da doença confirmados  desde agosto de 2015. O Paraná também registrou 26 casos de febre chikungunya.

COMO FUNCIONA  

O novo teste pesquisa simultaneamente o material genético dos vírus dengue, chikungunya e zika em amostras de soro de pacientes que tenham até cinco dias de sintomas, o chamado período de viremia.

A metodologia se baseia no protocolo desenvolvido e validado pelo CDC de Atlanta e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde. O desenvolvimento do teste se iniciou em julho do ano passado. 

Anteriormente, as análises se baseavam na pesquisa direta do vírus, sendo necessário cultivá-los no laboratório para permitir sua identificação, o que levava até 40 dias. Além da agilidade no diagnóstico e a ampliação no número de pacientes atendidos, o teste também reduz em dois terços os custos da análise. 

Além disso, de acordo com o secretário da Saúde, os testes eram enviados à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para serem concluídos, o que também atrasava o diagnóstico.