Os pinguins de Cape Denison podem não estar mortos

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 17/02/2016
Os pinguins-de-adélia de Cape Denison podem apenas ter se mudado para outra localização.  Fonte: modernreaders.com

Nesse fim de semana, relatórios informaram que 150.000 pinguins-de-adélia morreram no período que sucedeu à chegada do iceberg B09E a Cape Denison, deixando os pinguins sem mar e sem comida. Entretanto, uma nova análise sugere que eles podem estar vivos.

Os relatórios originais destacaram o fato de que os corpos dos animais não foram encontrados. Mas, por terem ficado sem litoral, os animais foram forçados a viajar por dezenas de quilômetros para encontrar comida, o que, segundo pesquisadores, fez com que a colônia de 160.000 pinguins se reduzisse a apenas 10.000 membros. Entretanto, a especialista Michelle LaRue da Universidade de Minnesota afirmou nesta terça-feira (16) em entrevista ao Live Science  que os animais desaparecidos podem ter se instalado em outros lugares.

"O fato de haverem menos aves observadas não significa automaticamente que os desaparecidos pereceram," disse LaRue, que não esteve envolvida no estudo original sugerindo a morte em massa dos pinguins. "Eles podem facilmente ter se instalado em outros locais, o que faz sentido, uma vez que as colônias próximas estão prosperando."

Enquanto o pesquisador Chris Turney, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália) afirmou no estudo original que a colônia de Cape Denison onde os pinguins viviam ficou "assustadoramente quieta," com "filhotes mortos e ovos abandonados," LaRue acredita que não é tão anormal haverem animais mortos, uma vez que o clima da Antártica dificulta a decomposição da matéria orgânica.

"Eu não sei exatamente o que aconteceu com esses animais, mas ninguém sabe ao certo," LaRue continua.

Fonte: Modern Readers, por Melissa Taylor