A Prefeitura de Arapongas lançou oficialmente nesta terça-feira (11) o aplicativo “Escola Segura”, que tem como objetivo aumentar a segurança das escolas municipais, estaduais e também particulares da cidade. A ferramenta será gerenciada pela central de operações da Guarda Municipal de Arapongas (GMA) e visa dar uma resposta rápida em casos de emergência, como invasões ou ataques a estabelecimentos de ensino.
Voltado inicialmente à rede municipal, o sistema também será disponibilizado para colégios estaduais e particulares de Arapongas. A iniciativa foi colocada em prática após casos de repercussão nacional de ataques a creches e escolas, como em Blumenau (SC), onde um homem matou quatro crianças com uma machadinha, e também em São Paulo, onde uma professora foi morta a facadas por um adolescente.
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Em Arapongas, um caso de violência escolar também chamou atenção recentemente, sem consequências mais graves. Um menor de 16 anos foi apreendido após ameaçar um colega com uma arma no Colégio Estadual Irondi Pugliesi. Ele foi internado provisoriamente por 45 dias e responderá judicialmente pela ameaça, que mobilizou grande aparato de segurança na cidade. Além disso, a proliferação de supostas ameaças - todas desmentidas - tem preocupado os pais.
“Esse aplicativo é uma ferramenta que todas as diretoras, secretárias e coordenadoras de escolas municipais e CMEIs terão ao alcance das mãos para acionar em caso de emergência ou também para averiguar uma suspeita”, afirma o secretário de Segurança e Trânsito de Arapongas, Paulo Sérgio Argati.
A ferramenta foi desenvolvida pelo guarda municipal e analista de sistemas, João Maicon Marques. Ele também foi o responsável pela criação do aplicativo "Maria da Penha" em Arapongas, destinado a atender mulheres vítimas de violência doméstica na cidade.
O prefeito Sergio Onofre da Silva (PSC) afirma que Arapongas é a primeira cidade do Paraná a implantar um aplicativo de emergência para proteger as escolas. “Quando aconteceu esse fato longe daqui (ataque a uma creche em Blumenau) acendeu o sinal de alerta em todas as cidades. O que a gente está fazendo hoje já poderia ter sido feito, é verdade, mas estávamos em uma linha de conforto, tanto os pais quanto a administração pública”, reconhece o prefeito.
No entanto, ele alerta para a propagação de fake news e pede cuidado aos pais em relação às informações repassadas. “As fake news atrapalham o país, atrapalharam na eleição (para presidente da República) e estão atrapalhando agora. Que os pais tenham tranquilidade. Nem tudo que estão falando é verdade e Arapongas tem, sim, escola segura”, assinalou o prefeito.
A solenidade de apresentação do aplicativo contou com a presença do delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial, Maurício de Oliveira Camargo, e do capitão da Polícia Militar (PM), Jefferson Schelbauer, entre outras autoridades municipais.
COMO FUNCIONA
Durante o lançamento da ferramenta, o GM João Maicon Marques explicou o funcionamento do aplicativo, que é bastante simples. Na tela principal, está disponível a aba “emergência”, em vermelho. Ao clicar nesse campo, o chamado é rapidamente direcionado para a tela de acionamento Guarda Municipal. Neste momento, um sinal de alerta é emitido e o aviso é direcionado ao Centro de Operações da GMA, que mobiliza as equipes da região.
Após o acionamento, os guardas municipais recebem informações sobre o local de origem da ocorrência, como nome da escola, mapa de acesso e também informações da pessoa responsável pelo alarme. As viaturas mais próximas já se deslocam de maneira prioritária para o local, além do acionamento de outras equipes de reforço, da Polícia Militar.
Além da emergência, as pessoas com acesso ao sistema podem informar suspeitas em outros canais de informação disponíveis no aplicativo, desde mensagem por WhatsApp ou fazendo uma interligação com o app GM 153, também criado pelo guarda municipal João Maicon Marques.
A Patrulha Escolar Comunitária, da GM, já está percorrendo as escolas e CMEis para o cadastramento do aplicativo nos aparelhos celulares e repassando orientações aos profissionais da educação que terão acesso ao sistema.
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Por Fernando Klein