O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (7) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirma 38.468 novos casos da doença e 26 mortes Paraná. De acordo com o documento, referente ao período epidemiológico 2023/2024, que teve início em julho de 2023, foram registrados 239 óbitos, 331.804 casos confirmados, 628.378 notificações e 111.601 casos em investigação.
Os óbitos ocorreram entre 3 de março e 28 de abril. São 10 homens e 16 mulheres com idades entre 14 e 93 anos, residentes em 17 municípios: Piraquara, Saudade do Iguaçu, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Planalto, Santa Izabel do Oeste, Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Lindoeste, Nova Aurora, Três Barras do Paraná, Ivaté, Amaporã, Sabáudia, Cornélio Procópio. Dezessete destas pessoas tinham comorbidades.
O óbito de Sabáudia é de um rapaz de 19 anos. O município pertence à 16 Regional de Saúde (RS, de Apucarana. Ele morreu em 21 de abril e não tinha comorbidades.
-LEIA MAIS: Menino de 3 anos morre de dengue após ter sido liberado em UPA
As cidades onde ocorreram as mortes ficam nas áreas de abrangência das Regionais de Saúde Metropolitana (2ª RS), Pato Branco (7ª RS), Francisco Beltrão (8ª RS), Cascavel (10ª RS), Umuarama (12ª RS), Paranavaí (14ª RS), Apucarana (16ª RS) e Cornélio Procópio (18 ª RS).
A Regional com mais casos confirmados até o momento é a 8ª RS de Francisco Beltrão, com 45.230 diagnósticos. Na sequência, estão a 10ª RS de Cascavel (43.458), 17ª RS de Londrina (32.996), 16ª RS de Apucarana (32.819), 15ª RS de Maringá (28.041) e 11ª RS de Campo Mourão (24.867).
As cidades com mais casos são Londrina (22.369), Cascavel (21.063), Apucarana (17.146), Maringá (16.719) e Francisco Beltrão (12.236) – há 398 municípios com casos confirmados.
Segundo o boletim, Apucarana somou mais 369 casos e agora chega a17.146 registros da doença. O município segue com 14 óbitos.
Em relação aos óbitos por dengue, do período epidemiológico 2023/2024, as Regionais com mais mortes são a 10ª de Cascavel (38), 17ª de Londrina (37), 8ª de Francisco Beltrão (30), 20ª de Toledo (28) e 16ª de Apucarana (24). Já os municípios que registram maior número de óbitos são Londrina (23), Cascavel (23), Toledo (17), Apucarana (14) e Cornélio Procópio (11).
ZIKA E CHIKUNGUNYA – Informações sobre chikungunya e zika, transmitidas também pelo mosquito Aedes aegypti, estão no mesmo documento. Houve o registro de um novo caso de chikungunya, somando 127 confirmações e 1.465 notificações da doença no Estado. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 120 notificações.
INFESTAÇÃO PREDIAL - A Sesa divulgou também o novo boletim de infestação predial que apresenta o levantamento entomológico para o Aedes aegypti. O Paraná tem 376 municípios infestados, representando 94,23% do Estado.
No período de 1º de março a 30 de abril, dos 399 municípios do Paraná, 50 estão classificados em situação de risco de epidemia; 169 em alerta e 50 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial). Outros 124 não enviaram informações ou não realizaram o monitoramento. A cidade com maior índice de infestação predial do Aedes aegypti é Ventania, nos Campos Gerais, com IIP de 17,2%
LEVANTAMENTO - O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) define depósito como todo recipiente utilizado para finalidade específica que armazene ou possa vir a armazenar água e que esteja acessível à fêmea do mosquito, ou seja, é o local que acumula água onde ela deposita seus ovos.
Dentre os principais criadouros, 77% são depósitos móveis ou passíveis de remoção - recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros velhos, entulhos de construção, pneus, vasos de plantas, bebedouros e recipiente para degelo de geladeiras, entre outros.
LIRAa - Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti é uma metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti . Ele permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de criadouros, bem como os depósitos predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue.