Nesta quinta-feira (5), o Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, cumpriu dois mandados de busca e apreensão em desdobramento de operação voltada ao combate à exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro em Arapongas.
Conforme o MPPR, os mandados foram cumpridos em Astorga e Londrina, em endereços ligados a um delegado de polícia aposentado e a um investigador de polícia. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Arapongas.
Segundo o Ministério Público, a investigação, deflagrada em setembro de 2020, apura o funcionamento de um possível esquema de corrupção de policiais na 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, que supostamente receberiam propinas mensais para não atuarem no combate ao jogo do bicho na cidade. Em sua comunicação, o grupo denominava a propina como “costuras, blusas ou encomendas”, e o bicheiro era chamado de “costureira”. Além disso, ainda de acordo com o Ministério Público, os policiais investigados teriam fornecido informações sigilosas para o grupo criminoso.
Conforme o MPPR, também se apura a participação de uma servidora pública municipal que atuava na Delegacia de Polícia, que seria encarregada de manter contato com os contraventores para receber mensalmente valores. Posteriormente, o dinheiro seria dividido entre os integrantes do esquema, inclusive o então delegado-chefe da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. Ainda de acordo com o MPPR, o esquema criminoso teria sido mantido até janeiro de 2019, quando houve a mudança da chefia da Delegacia de Arapongas.
Prisão em 2020
Durante a operação realizada em 2020, foram presos o ex-presidente da Câmara Municipal, Osvaldo Alves dos Santos, o Osvaldinho (PSC), e um contador, ambos investigados por lavagem de dinheiro de origem ilegal.