Honpar admite demissões para se adequar a novo piso de enfermagem

Autor: Da Redação,
terça-feira, 16/08/2022
Direção do Honpar afirma que medidas são para garantir equilíbrio financeiro do hospital

Em nota encaminhada nesta terça-feira (16), a direção do Hospital Norte Paranaense (Honpar) de Arapongas confirmou que está promovendo uma readequação no seu quadro funcional para atender ao novo piso do setor de enfermagem.  Segundo o sindicato que representa os trabalhadores categoria, pelo menos 40 funcionários do setor já foram desligados e outros 50 devem ser demitidos na sequência. 

A direção do hospital afirma, entretanto, que as demissões são do quadro geral e não apenas do setor de enfermagem e que as medidas são tomadas para não causar eventuais prejuízos aos serviços prestados à população. O hospital também afirma que está se adequando à nova legislação e está pagando o piso a todos os funcionários enquadrados na lei. 

A lei do piso da enfermagem garante a remuneração mínima para enfermeiros fixada em R$ 4.750, refletindo também na remuneração dos demais profissionais do setor, como técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras.

Veja a nota na íntegra:

Para atender as exigências da lei 14.434/2022, publicada no último dia 5 de agosto, o HONPAR – Hospital Norte Paranaense está promovendo uma readequação administrativo financeira, o que inclui mudanças no seu quadro de funcionários. O objetivo é preservar o equilíbrio financeiro, a qualidade assistencial e a segurança dos pacientes.

DEMISSÕES PREOCUPAM

As demissões coletivas preocupam o Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde de Apucarana e Região (SEESSA). Segundo a presidente da entidade, Marli de Castro, o sindicato tenta agendar uma reunião com a direção do hospital para tratar do assunto.

Funcionários do hospital também relatam dificuldades. “Eu não fui demitida, mas muitos colegas de profissão foram e, a partir do mês que vem, quando terminar o aviso prévio, a sobrecarga de trabalho que já é grande irá aumentar”, afirma uma enfermeira que pediu para não ser identificada. “Todos estão desgastados mentalmente com medo de perder o emprego ou ficar e ter uma rotina intensamente exaustiva”, completa.