Ex-policial militar, Agnaldo Antonio de Freitas foi condenado em julgamento realizado nesta quinta-feira (25), no Tribunal do Júri de Arapongas, a 15 anos e 9 meses de prisão em regime fechado. Ele é acusado de assassinar a própria esposa, a técnica em enfermagem Luiza Augusta Malaguti, morta a tiros no quarto do casal.
O julgamento aconteceu na véspera do crime completar 18 anos. O promotor Caio Bergamo A. Marques foi o responsável pela acusação. Já o advogado Vladimir Stasiak, o responsável pela defesa do réu. O juiz foi Oto Luiz Sponholz Júnior.
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Luiza foi assassinada em 26 de maio de 2005. Na época, ela tinha 34 anos e uma filha de 5 anos com o marido. O então policial militar foi preso em flagrante e confessou o crime. Ele ficou cerca de um mês preso. Liberado da prisão em junho de 2005, respondeu ao processo em liberdade. Por conta do assassinato da esposa, o réu foi expulso da corporação.
Segundo informações levantadas junto ao Ministério Público (MP), Freitas foi julgado pelo crime de homicídio duplamente qualificado, já que, à época do crime, a Lei Maria da Penha, que trata do crime de feminicídio, ainda não existia no Brasil.
O crime
Segundo reportagem publicada na época pelo jornal Tribuna do Norte, o crime causou grande revolta em Arapongas pela extrema violência empregada pelo então soldado Freitas. Conforme entrevista do delegado Sergio Luiz Barroso, que conduziu a investigação na data em que os fatos ocorreram, o acusado teria descarregado sua arma, um revólver calibre 38, na esposa. Dos seis tiros disparados, quatro atingiram as costas da vítima, dois transfixaram o ombro esquerdo e o pescoço. Freitas foi preso em Astorga, enquanto dirigia seu carro, supostamente em fuga. Ele estava com a arma utilizada no crime, momentos antes, na residência onde morava com a esposa no Jardim dos Pássaros, em Arapongas.