Ao menos três araponguenses, que aguardam o resultado de processos judiciais, foram vítimas de um golpe. Criminosos usaram o nome de um escritório de advocacia da cidade e cobraram por supostas custas processuais para concluírem a ação, causando um prejuízo superior a R$ 6 mil. A Tribuna apurou junto ao escritório que em Arapongas, norte do Paraná, pelo menos outros seis estabelecimentos do ramo foram alvo desse tipo de golpe que causa uma verdadeira dor de cabeça para profissionais sérios e um abalo financeiro aos clientes que caíram nessa farsa.
O advogado Bruno Betazza, do escritório Masquete e Betazza, de Arapongas, teve a foto e o nome usado por um estelionatário que entrou em contato com alguns de seus clientes. Ele acredita que o golpista tenha pesquisado as informações públicas sobre os processos na internet. Com os dados em mãos, os estelionatários entram em contato com a pessoa – se passando pelo advogado – informa que o processo será finalizado e exige o pagamento de supostas taxas, para a conclusão do processo.
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“Em primeiro momento esse golpe acontece porque o criminoso exige o pagamento antecipado de custas processuais. Então, é importante que as pessoas que têm processos, caso recebam algum contato do tipo, entrem em contato com o telefone oficial do escritório ou, se possível, compareçam pessoalmente”, alerta.
Betazza acrescenta ainda que quando há necessidade de pagamento de custas processuais, há um planejamento prévio.
“Existem processos que necessitam o pagamento de custas, mas o advogado não vai entrar em contato com a pessoa e exigir que o pagamento seja feito do dia para a noite. É necessário ter um planejamento para isso”, alerta.
- Bruno Betazza, advogado,
De acordo com o advogado, alguns clientes caíram no golpe e transferiram valores que somados ultrapassam R$ 6 mil. As vítimas foram orientadas a procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrências e também acionar suas agências bancárias para comunicar a transferência decorrente de golpe e solicitar o estorno do valor. O advogado também acionou o suporte do WhatsApp para tentar bloquear o número utilizado pelos golpistas para enganar os clientes do escritório. A Polícia Civil investiga o caso.
Por Cindy Santos