A Diocese de Apucarana (PR) iniciou a instalação do primeiro mosteiro da região. O Mosteiro Sagrado Coração de Jesus ocupa a antiga paróquia localizada na Colônia Esperança, em Arapongas, e será habitado por oito Irmãs de Vida Contemplativa das Servas da Palavra. Quatro freiras já chegaram em janeiro. Outras três tiveram problemas com o visto e devem chegar no prazo de um mês. Assista o vídeo no fim da reportagem.
“A antiga sede da Colônia Esperança está sendo transformada em um mosteiro, um verdadeiro centro de acolhimento e irradiação de espiritualidade”, afirma o padre João Osório de Oliveira, pároco da paróquia Santíssima Trindade Santuário do Divino Pai Eterno de Arapongas, e encarregado das obras de reforma do mosteiro.
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O padre conta que a ideia de criar o mosteiro é um sonho antigo dos bispos anteriores e também do atual, o bispo Dom Carlos José de Oliveira. A reforma da estrutura do local – que no passado abrigou um seminário e um convento - começou no ano passado. Esta é a terceira vez que o padre João Osório participa da reforma do local. "Vou completar 40 anos de padre no ano que vem e durante todo esse tempo, de alguma forma, tive algum vínculo com a Colônia Esperança", afirma.
O local foi escolhido justamente pela estrutura e localização - fora do perímetro urbano - o que facilita o isolamento. “É o único mosteiro da região, o mais próximo de nós fica em Campo Mourão. E a Colônia Esperança favorece a ideia de um centro irradiador de espiritualidade, onde as pessoas virão fazer esse exercício da contemplação”, assinala.
Por enquanto ainda não há uma programação definida, mas as quatro irmãs que chegaram já estão recebendo pessoas para retiros individuais. Futuramente a ideia é construir espaços maiores para acolher grupos. “A ideia é construir aposentos para grupos maiores passarem alguns dias no mosteiro”, acrescenta o padre.
Entre as religiosas que vivem no mosteiro está a madre Maria Lúcia Garcia, 35 anos. Ela é do estado de Michoacán, México, e já passou por quatro países antes de vir ao Brasil. Missionária há 17 anos, ela convida as pessoas que desejam se reconectar com sua espiritualidade. “As portas se fecham para nós, mas se abrem para todas as pessoas. Aí fora há muitos ruídos. E não é fácil ouvir Deus com tantos ruídos. Por isso, as pessoas podem vir a essa casa e passar dois ou três dias de silêncio e oração. Daremos pautas para trabalhar questões pessoais e tenho certeza que terão uma grande experiência com Deus, pois, em silêncio, nos conhecemos melhor. Assim é possível curar questões do passado e de nossa vida atual para poder enfrentar o que está por vir”, destaca.
Assista a reportagem em vídeo: