Deputados lamentam a morte da ex-deputada Irondi Pugliesi

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 12/04/2021
Deputados lamentam a morte da ex-deputada Irondi Pugliesi

A ex-deputada estadual Irondi Pugliesi (73) faleceu nesta segunda-feira (12), em Arapongas, em razão das complicações da Covid-19. Irondi foi deputada estadual entre os anos de 1983 a 1991 e de 1995 a 1999 e foi casada com o também ex-deputado Waldyr Pugliesi. Ela estava internada desde março no Hospital Honpar, de Arapongas. O pai e a irmã de Irondi também faleceram vítima da Covid-19.

“Lamentamos o falecimento dessa grande pessoa, uma mulher guerreira, uma parlamentar exemplar seja aqui na Assembleia ou na Câmara de Vereadores de Arapongas onde também exerceu mandato. Defensora dos direitos das mulheres em uma época em que não se discutia tão abertamente o assunto como hoje. Infelizmente é mais uma vítima da covid-19. Os meus sentimentos ao amigo Waldyr e toda a família”, disse o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB).

O primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) usou o Twitter para expressar sentimentos pela morte da ex-deputada. “Lamento a morte por Covid-19 da querida ex-deputada Irondi Pugliesi. Foi ela que no início da década de 1980 implantou o primeiro Conselho da Condição Feminina no Paraná. Perdemos uma lutadora a favor dos direitos humanos e da democracia. Ao Waldyr e filhas minhas condolências”.

O pai de Irondi, Liberto Mantovani, de 97 anos, faleceu no último 28 de março, também vítima da Covid-19. Ele também estava internado no Honpar. A pouco tempo, a ex-deputada perdeu a irmã Irahi Mantovani de 75 anos, também por complicações do novo coronavírus.

Perfil - Irondi Pugliesi é casada com Waldyr Pugliesi, ex-prefeito municipal de Arapongas. É mãe de três filhas.

Foi vereadora de Arapongas pelo MDB, de 1973 a 1977. Primeira mulher eleita deputada estadual na história do Paraná pelo PMDB em dois mandatos - de 1983 a 1991. Foi presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina desde sua fundação, em 1986. Integrou a comissão que elaborou o anteprojeto da criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, sendo sua representante no Paraná. Representou o Paraná na conferência promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Nairobi - Quênia (África), para avaliação da década da mulher, em 1985; no Congresso Nacional de Mulheres, promovido pela Federação Democrática Internacional de Mulheres em Moscou, em julho de 1987 e no 4 o Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, em 1987, no México.

A convite da Federação das Mulheres Cubanas, visitou Cuba como integrante da Comissão do Conselho Estadual da Condição Feminina.

A convite da Frente Ampla de Mulheres do Chile, participou da manifestação contra a ditadura de Pinochet, em 08 de março de 1987 - Dia Internacional da Mulher.

Autora da lei que proíbe a instalação de usina nuclear no Estado do Paraná.

Primeira mulher a participar da Assembleia Estadual Constituinte, onde teve 80% de suas propostas aprovadas, sendo autora da emenda ao artigo n° 170, estabelecendo como dever ao Poder Público o atendimento em creche e pré-escola às crianças de até seis anos de idade. É autora do projeto que instituiu a distribuição gratuita de leite de soja no município de Arapongas.

Fundadora do MDB e do PMDB; presidente do PMDB Feminino do Paraná por três gestões; delegada à Convenção Nacional e membro do Diretório Regional.

Fundadora e presidente do PST de Arapongas em 1991 e eleita membro do Diretório Regional em 1992. Presidente do PP de Arapongas e vereadora eleita em 1992.

Em 1994 elegeu-se deputada estadual para o seu terceiro mandato.

Na Assembleia Legislativa foi vice-presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente e titular da Comissão de Educação, Cultura e Esportes e ainda suplente da Comissão de Saúde Pública.