O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre da Silva (PSC), anunciou nesta quinta-feira (5), em entrevista coletiva, o reforço no atendimento pediátrico no Pronto Atendimento Infantil (PAI). Durante 90 dias, três médicos vão atender no local. Atualmente, são dois profissionais na escala. O objetivo com mais um "plantonista" é reduzir o tempo de espera por atendimento. O município registrou aumento da demanda de consultas na rede pública com o crescimento de casos de doenças respiratórias.
A ampliação da escala entrará em vigor já nesta sexta-feira (6). Além deste terceiro médico, que é um clínico geral, a Prefeitura anunciou a convocação de mais um pediatra aprovado em concurso público. Esse especialista também irá reforçar o atendimento do PAI assim que sua contratação for formalizada.
Acompanhado do superintendente médico da Secretaria de Saúde, Fernando Marques, Onofre afirmou que os atendimentos de casos respiratórios aumentaram em várias cidades do Sul do País, afetando o sistema de saúde. “Com o frio e a volta das crianças às aulas, aumentou muito o número de doenças respiratórias. Recebemos reclamações de demora no atendimento, mas há cidades vizinhas em que o tempo de espera vai de 5 a 7 horas. Então, está todo mundo enfrentando esse problema”, disse Onofre.
Segundo ele, a estratégia de aumentar a escala médica ajudará a acelerar o atendimento no PAI. Ele também observou que os três pronto-atendimentos “18 Horas” e também o “24 Horas” estão atendendo as crianças com clínicos gerais.
O superintendente médico Fernando Marques destacou que toda a rede municipal está preparada para atender o aumento da demanda. “Todos os nossos pontos de atendimento estão aptos para atender as crianças”, disse. Segundo ele, o atendimento praticamente dobrou no município. Apenas o PAI atendeu mais de 4.900 crianças em abril. A média de atendimentos costuma ser de no máximo 3.100 por mês.
Fernando Marques também afirmou que os especialistas receberão um reajuste salarial por conta da escassez desses profissionais. “Com isso, vamos tentar diminuir o tempo de atendimento. O município jamais deixou de atender crianças, o que ocorreu foi um aumento de tempo espera”, ponderou.
O município também vem enfrentando problemas com a falta de medicamentos, que ocorre em todo país. O médico citou, como exemplo, defasagem em remédios como dipirona injetável, amoxicilina e soro fisiológico.
DENGUE
Durante a coletiva, o prefeito Sérgio Onofre cobrou apoio da população no combate à dengue. O município enfrenta uma epidemia da doença. São 1.373 casos confirmados neste ano epidemiológico.
Segundo ele, o município vem fazendo mutirões de limpeza nos bairros com maior infestação do mosquito Aedes aegypti, como o Jardim Flamingos e o Conjuntos Águias, além de utilizar os veículos “fumacê” repassados pelo governo estadual.
“Não depende só do poder público. Depende também do cidadão, que precisa fazer a sua parte para combater os criadouros do mosquito. A culpa da dengue é do cidadão, que não cuida dos seus quintais”, disse Onofre.
Por Fernando Klein