Um armário no Instituto de Identificação de Apucarana encontra-se abarrotado de documentos de Identidade que não foram retirados nos últimos anos. Somente em 2017 foram gerados 6,3 mil novos registros gerais (RGs). Deste total, 337 ainda não foram retirados, o que corresponde a 5,3%.
Porém, nas gavetas do instituto há documentos muito mais antigos. Por mês, a unidade de Apucarana emite cerca de 573 RGs. O tempo médio de espera para conseguir ser atendido é de uma semana.Em Arapongas, a situação e bem semelhante. Neste ano, o órgão emitiu 5.291 RGs, sendo que 258 ainda não foram retirados, o que corresponde a 4,8% do total emitido.
Um levantamento recente da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) apontou que mais de dez mil RGs emitidos em Curitiba e Região Metropolitana, desde 2012, não foram retirados.Ainda de acordo com a Sesp, por dia, cerca de dez mil pessoas acessam o site do Instituto de Identificação do Paraná para tentar dar entrada no pedido, mas são disponibilizadas apenas 500 vagas, o que gera fila de espera.
Porém, 30% que conseguem marcar o atendimento acaba não comparecendo às unidades no dia e hora marcados. A solicitação do documento de Identidade é feita via internet. O usuário agenda a data e o horário que poderá comparecer ao Instituto de Identificação mais próximo. A primeira via não tem custo.
Valores de taxas
Já a segunda via da carteira de identidade tem uma taxa de R$ 28,49 e a segunda via com retificação de dados tem um custo de R$ 33,24.Atualmente, quem faz a carteira de identidade tem cinco anos para retirar, porém a Sesp pretende reduzir este prazo para um ano. Após esse período, os documentos são incinerados para garantir que não haja qualquer desvio de finalidade. (VANUZA BORGES)