Empresários de Arapongas pedem manutenção em marginal 

Autor: Da Redação,
sábado, 18/07/2015
Empresários pedem pavimentação em trecho | Foto: TNOnline

As péssimas condições da marginal paralela à PR-444, Rodovia Hermínio Penacchi, é motivo de reclamações de empresários do Parque Industrial V em Arapongas. Além da falta de asfalto no trecho, por volta do KM 07, os buracos acentuados pela chuva e a lama formada dificultam o acesso de funcionários às indústrias locais.

Uma valeta chegou a se formar, provocando perigo aos motoristas que trafegam pelo trecho. Outra reclamação é a instalação de uma barreira de concreto na marginal, que fechou uma das ruas que ligava à rodovia. A intervenção foi feita pela Viapar, concessionária que administra o trecho para coibir acidentes no cruzamento da via. Já a responsabilidade pela manutenção da via não é assumida nem pela Viapar nem pela prefeitura.

Quem tem empresa à beira da marginal diz que não sabe mais para quem recorrer. “Tentamos providenciar melhorias na rua frente à empresa, calçando com pedras, mas a Viapar embargou, alegando que a intervenção não estava de acordo com o projeto. Para piorar, a Sanepar realizou obras na tubulação da rua, que prejudicaram ainda mais o piso. Questionamos a prefeitura que nada fez a respeito. Estamos de mãos atadas”, relata o gerente de marketing de uma fábrica de móveis instalada no parque, Adriano Gaiotti.

Ele afirma ainda que a entrada da frente da empresa está impossibilitada. “A rua ficou sem saída após a instalação de um ‘guard rail’. Vemos que a entrada de outras fábricas também está complicada. Está puro barro. Por enquanto, nossa saída é usar o portão dos fundos da empresa”, ressalta. 

O gerente comercial de uma distribuidora de alimentos, que também fica na marginal da PR-444, complementa. “Somos a última empresa da rua, onde o acesso pela rodovia está restrito devido a barreira instalada pela Viapar. Aqui, até entulho está sendo descartado, pois a rua está abandonada. A rede de esgoto não tem suportado a chuva, e os bueiros vazam com a sujeira entupida. Não existe mais marginal. Procuramos a Codar e nada foi resolvido”, diz Deivi Crisófeno.

RESPONSABILIDADE

A Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (Codar) diz que o problema é antigo, mas que, por ser uma prestadora de serviços do município, só executa as obras que devem ser solicitadas pela Secretaria de Obras. Procuramos a secretaria que, através da assessoria de imprensa da prefeitura, não se posicionou quanto as reclamações até o fechamento desta reportagem.

Já a Viapar, via assessoria de comunicação, afirmou que não há previsão da manutenção de vias marginais por parte da concessionária, visto que os investimentos não estão contemplados no contrato. Mesmo dentro dos limites da faixa de domínio da rodovia, a Viapar ressaltou que essas vias estão sob a responsabilidade do município. “Lembramos que a ocupação da faixa de domínio pela via marginal é dada a título precário, ou seja, trata-se de um ‘empréstimo’ que pode ser revogado, e que a manutenção cabe ao permissionário e não à Viapar”.

Ainda segundo a concessionária, a manutenção pode ser realizada pelas indústrias, desde que sob consulta prévia. “A Viapar irá avaliar as intervenções pretendidas em conjunto com o DER/PR, para posterior autorização, se for o caso”.