A Autarquia Municipal de Serviços Funerários de Apucarana (Asefa) conseguiu "zerar" os furtos nos cemitérios da Saudade e Cristo Rei desde a implantação da vigilância armada. O serviço iniciou em 29 de abril e, desde então, apenas uma tentativa de invasão foi registrada, mas a pessoa fugiu após ser abordada pelos seguranças contratados.
O superintendente da Aserfa, Marcos Bueno, afirma que a administração municipal contratou uma empresa em regime emergencial, por três meses, para cuidar da segurança no período noturno. A medida foi tomada após uma série de furtos de placas de bronze e também de estátuas inteiras nos dois principais cemitérios de Apucarana no começo do ano. Entre fevereiro e março, a Aserfa registrou pelo menos seis boletins de ocorrência na 17ª Subdivisão Policial (SDP) após o registro de crimes do tipo, todos no período noturno.
Os furtos geraram revolta em muitos familiares com entes sepultados nesses locais. Algumas esculturas de bronze haviam sido instaladas há 50 anos.
“Por conta desses furtos, a Prefeitura decidiu contratar uma vigilância emergencial por três meses, garantindo tempo hábil para abertura de uma licitação”, comenta Bueno. Segundo ele, a nova empresa contratada ficará por um prazo mínimo de 12 meses. O edital ainda deve ser publicado.
No Cemitério Cristo Rei, são dois vigilantes noturnos, que trabalham das 19 horas às 7 horas. Um faz a ronda a pé e o outro utiliza uma motocicleta. Durante o dia, há um vigia desarmado atuando no local. No Cemitério da Saudade, um vigia noturno armado faz a segurança no mesmo horário, das 19 horas às 7 horas. Da mesma maneira, um vigia permanece no local durante o dia.
“Por enquanto, não registramos nenhuma ocorrência de furto. O que aconteceu foi uma tentativa de invasão no Cemitério da Saudade. Uma pessoa pulou o muro, mas foi interceptada por um vigilante e acabou fugindo”, disse. O único problema, nesse caso, foi o dano em uma sepultura, onde o invasor se apoiou ao tentar entrar no cemitério.
Marcos Bueno lamenta a necessidade de contratação de vigilantes armados. “Antigamente, as pessoas respeitavam os cemitérios, mas isso não acontece mais. Os ladrões conseguem revender facilmente as placas de bronze e qualquer tipo de metal que retiram dos jazigos”.
Ele observa que as esculturas de grande porte levadas dos cemitérios não foram recuperadas até agora. “É importante frisar que esse tipo de furto acontece, infelizmente, em todas as cidades brasileiras. É algo lamentável, que obriga as prefeituras a contratarem os serviços de vigilância, que são caros”, diz.
Segundo Bueno, apenas nesse contrato emergencial de três meses o município vai gastar R$ 136 mil. Ele acredita que o valor médio caia na licitação em virtude da concorrência. No entanto, assinala que é um serviço caro por conta de sua natureza. “É um dinheiro que poderia ser investido em melhorias pela Aserfa”, lamenta.
Por Fernando Klein