Semanas muito quentes, seguidas por semanas geladas. Este panorama climático na região tem atingido diretamente a saúde de pessoas mais vulneráveis, principalmente as crianças. Na última semana, a variação de temperaturas foi grande. Até a última sexta-feira (25), a região registrava temperaturas perto dos 30°C. No entanto, a chegada de uma frente fria trouxe chuva e derrubou os termômetros já no sábado (26), quando Apucarana registrou mínimas de 11°C e máximas de 21°C.
De acordo com a secretaria de Saúde de Apucarana, os atendimentos no Centro de Saúde Infantil do município aumentaram pelo menos 10% em agosto em comparação com o mês de julho.
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Ainda segundo o levantamento, em julho, 2.011 crianças passaram por atendimento no centro infantil. Destes, 700 atendimentos foram por sintomas respiratórios. Já em agosto, a unidade de saúde registrou um total de 2.227 atendimentos, dos quais, 747 foram motivados por sintomas respiratórios.
De acordo com o médico Odarlone Orente, essa alternância de temperaturas frias pela manhã, quentes a tarde e frias novamente a noite, acabam provocando uma maior procura aos serviços de saúde principalmente na faixa pediátrica.
“Na maior parte dos casos, as queixas são respiratórias. Quadros de tosse, resfriados e quadros alérgicos como rinite”, explicou o médico.
Segundo ele, as variações abruptas de temperatura podem ter impacto na saúde das pessoas, tendo um efeito deletério na imunidade.
“Ficamos mais propensos a desenvolver gripes ou resfriados ou mesmo processos alérgicos como rinite e asma pode ser desencadeado. As vias aéreas são preparadas para manter uma temperatura constante, por isso inclusive em quem não tenha asma ou rinite estas mudanças bruscas podem causar irritação e desconforto nas vias respiratórias”, disse o médico.
“Lembrando que no frio tendemos a nos aglomerar mais, ficar em ambientes menos ventilados o que favorece a circulação de vírus com rinovírus e influenza, além e claro da exposição a tecidos seja de cortinas, tapetes ou agasalhos que podem conter ácaros, que ajudam no desencadeamento de crises de asma ou rinite”, lembra.
O médico pontua outra situação perigosa quando há uma mudança repentina de temperatura do quente para o frio: é que os vasos sanguíneos tendem a contrair, o que pode aumentar a pressão arterial e levar uma crise hipertensiva principalmente naquelas pessoas que já tenham já tenham diagnóstico de problemas cardíacos ou circulatórios.
“E quando é o contrário está muito quente de repente a temperatura baixa para o frio o sangue pode ficar mais espesso os vasos dilatarem e produzir uma queda da pressão arterial e sentir mal-estar por exemplo”, considerou.
De acordo com ele, as principais medidas de proteção são manter –se agasalhado, aumentar a ingesta hídrica, manter a ventilação nos ambientes, manter alimentação adequada, usar proteção facial ao sair de ambientes quentes para frios ou vice-versa, lavar as roupas de inverno, entre outras.