Residentes da Saúde protestam contra atraso salarial, em Apucarana

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 11/05/2020
Residentes da Saúde protestam contra atraso salarial, em Apucarana

Vinte e quatro residentes da Saúde protestaram nesta segunda-feira (11), no centro de Apucarana, contra o Ministério da Saúde pela falta de pagamento salarial. Os profissionais, que trabalham na linha de frente para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, estão há mais de 60 dias sem receber e por isso estão em greve desde o dia 6 de maio.  A situação ocorre em todo o País, com mais de 4 mil residentes com salários atrasados.

Por conta da pandemia, os residentes dividiram-se em grupos pequenos e fizeram uma escala para não gerar aglomeração durante a manifestação que ocorreu durante a manhã e à tarde. Eles usaram cartazes para informar a população sobre o atraso salarial e também criaram uma página no Facebook com uma nota de esclarecimento.

“Quero deixar claro que a manifestação não é contra a prefeitura. Quem paga nosso salário é o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde. Estamos divididos em enfermeiros, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, são profissionais que atuam na cidade inteira e com a pandemia estamos na linha de frente auxiliando o acolhimento da população nas Unidades Básicas de Saúde. É difícil se manter na cidade sem salário. Ainda mais quem é de longe como colegas do Mato Grosso, Curitiba, Londrina e Maringá”, comenta o residente na área de nutrição, Matheus de Morais Cordeiro.

Quero deixar claro que a manifestação não é contra a prefeitura. Quem paga nosso salário é o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde.

- residente na área de nutrição, Matheus de Morais Cordeiro.,

Cordeiro disse que o Ministério da Saúde emitiu um e-mail para alguns profissionais nesta segunda, após a paralisação nacional. Segundo ele, o ministério alega que houve uma perda de dados e está solicitando uma nova confirmação dos residentes.

“A nível nacional tentamos todas as forma de contato pra receber a bolsa nas últimas semanas e a paralisação foi nosso último recurso para receber o que é o nosso direito”, afirma.

De acordo com ele, na última live feita pelo Ministério da Saúde, foi informado que o pagamento será regularizado até sexta-feira (15) de maio.