Rede de saúde mental capacita professores para a “1ª escuta”

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 26/05/2023
capacitação aconteceu nesta sexta

Pedagogos, professores e diretores de escolas estaduais participaram nesta sexta-feira (26/05) de uma capacitação. O treinamento integra as ações da rede de atendimento em saúde mental voltada para estudantes e focou a chamada “1ª escuta”. Os educadores receberam orientações de como avaliar os casos e a fazer, quando necessário, o encaminhamento para o atendimento psicológico com profissionais especializados.

A capacitação ocorreu na sede do Núcleo Regional de Educação (NRE), através de uma parceria entre a Prefeitura de Apucarana, Comitê Intersetorial de Saúde Mental e Projeto Escola Escuta, do governo do Estado. “Desde março do ano passado, o Município de Apucarana vem cedendo quatro psicólogos para fazer o atendimento nas escolas estaduais. A parceria foi renovada pelo prefeito Junior da Femac no começo do ano, sendo que esta é a primeira capacitação deste ano letivo”, afirma Denise Canesin, secretária municipal da Mulher e presidente do Comitê Intersetorial de Saúde Mental.

De acordo com Rute Buratto, técnica pedagógica do NRE, o treinamento reuniu as chamadas “pessoas referência” das escolas. “São elas as responsáveis em fazer a primeira escuta e por filtrar os casos, avaliando a necessidade de encaminhar para o atendimento com o psicólogo”, exemplifica, reiterando que as “pessoas referência” também têm a incumbência de multiplicar essa sensibilização no ambiente escolar.

A capacitação foi ministrada pela psicóloga Dayene Gatto Altoé, do Centro de Atenção Psicossocial (Caps infanto-juvenil). “A sensibilização buscou reforçar os cuidados, como o acolhimento, a parcela de responsabilidade de quem faz a escuta e a necessidade de fazer a articulação em rede. Quanto mais grave e intenso o caso, mais profissionais de diversas áreas estarão envolvidos no atendimento, como das áreas de saúde, educação, assistência social e conselho tutelar”, cita.

Elisangela Gaspar Teixeira Castoldi, chefe da divisão de saúde mental da Autarquia Municipal de Saúde, afirma que o atendimento de estudantes envolve desde situações momentâneas até situações que são recorrentes. “As momentâneas são uma situação de luto, de perda inesperada ou um acontecimento brusco. E há também a situações que não são ocasionais e que são verificadas ao longo do desenvolvimento desta criança ou adolescentes”, pontua Elisângela.

De acordo com as profissionais, estes estados emocionais costumam desencadear quadros de ansiedade, depressão, ideação suicida, autolesão, engajamento em comportamentos de risco, uso de drogas, bullying e violência, entre outros.