O PSD anunciou nesta quinta-feira (31) que deve ingressar nas próximas horas na Justiça Eleitoral de Apucarana com uma ação de investigação judicial solicitando a anulação dos votos de todos os candidatos a vereador do partido Democracia Cristã (DC) por conta de uma suposta fraude na cota de gênero nas eleições. O DC elegeu o empresário Adan Lenharo, que fez 1.965 votos em 6 de outubro. É a segunda ação do tipo em Apucarana. A primeira foi apresentada pelo PT contra o Podemos.
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O advogado Raul Siqueira, do PSD estadual, informou ao TNOnline que o partido está monitorando possíveis candidaturas “laranjas” em todos os municípios do Paraná. “Em Apucarana, nós identificamos a suspeita de fraude na cota de gênero envolvendo duas candidatas do DC”, assinala, observando que a ação seria protocolada ainda nesta quinta-feira.
As candidatas – uma que fez 17 votos e outra que fez 13 votos – são o alvo da denúncia do PSD. Segundo o advogado, a ação tem como argumentos a identificação de ausência de campanha nas redes sociais por parte das duas concorrentes, falta de vídeos de apoio dos candidatos da majoritária, valores "ínfimos" de gastos apresentados à Justiça Eleitoral e também o baixo quantitativo de votos.
Caso o juiz aceite os argumentos do PSD, o advogado afirma que a “consequência lógica” é o reprocessamento dos votos, o que iria provocar mudanças na composição do Legislativo. O beneficiado direto seria o vereador Lucas Leugi (PSD), que fez 2.148 votos, mas não entrou na lista dos eleitos porque o partido não atingiu o quociente eleitoral.
“É um dever dos partidos monitorar a questão da fraude das cotas de gênero. Há jurisprudência sobre o assunto, porque a lei é taxativa quanto à reserva de 30% das candidaturas para as mulheres”, diz.
Procurado pelo TNOnline, o vereador eleito Adan Lenharo preferiu não se manifestar sobre a ação do PSD e disse que o caso está sendo acompanhado pelo jurídico do DC.
OUTRA AÇÃO
Outra ação já protocolada é a da Federação Brasil da Esperança, formada pelo PT, PC do B e PV, que pede a anulação da chapa do Podemos. O reprocessamento dos votos, nesse caso, garantiria uma cadeira para o médico Odarlone Orente (PT), que foi o mais votado com 2.407 votos, mas ficou de fora porque a federação não atingiu o quociente eleitoral necessário.