Proibido, cigarro eletrônico é facilmente encontrado em Apucarana

Autor: Da Redação,
domingo, 09/07/2023
Venda é proibida em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

O uso dos cigarros eletrônicos, conhecidos também como “vape”, tem crescido rapidamente nos últimos anos. Isso mesmo com a venda, comercialização, importação e propaganda do produto serem proibidas no Brasil. A proibição foi determinada em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Apucarana, o cigarro eletrônico é facilmente encontrado em tabacarias e outros estabelecimentos similares. 

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O dispositivo eletrônico é proibido porque a Anvisa considera o produto tão prejudicial à saúde quanto um cigarro comum. Além disso, o "vape” pode viciar de forma mais rápida que o cigarro convencional.

A última edição da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que os jovens são os principais consumidores do cigarro eletrônico. Segundo o estudo quase 17% dos estudantes de 13 a 17 anos já experimentaram o produto.

Apesar dos danos à saúde e da proibição, os cigarros eletrônicos podem ser encontrados com muita facilidade em bares, tabacarias e conveniências pelo Brasil. Em Apucarana, não é diferente. O Tnonline entrou em contato com tabacarias da cidade. Em todos os estabelecimentos contatados, o cigarro eletrônico é oferecido com muita facilidade por preços variando de R$ 100 a R$270. Durante o processo de compra, nenhum documento para a comprovação de idade foi pedido.

Riscos para a saúde

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), além da nicotina, o produto tem mais de 2 mil substâncias químicas tão nocivas à saúde quanto o cigarro de papel. Como afirma a SBPT, já existem dados sobre os efeitos de curto prazo do uso do cigarro eletrônico.

São eles: diminuição da função pulmonar, maior risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e aumento do risco de crise anginosa, além de danos ao sistema imunológico. Há relatos, ainda, de maior incidência de convulsões entre os adolescentes usuários.