A Polícia Civil de Apucarana, no Paraná, prendeu nesta quarta-feira (13), o empresário apontado como autor do disparo que matou o vendedor autônomo Bruno Junior, de 33 anos. O crime aconteceu no último fim de semana, no Distrito do Pirapó e causou grande comoção na cidade e região.
Conforme informações apuradas junto à 17ª Subdivisão Policial (SDP), o mandado de prisão preventiva em nome do empresário de 41 anos, foi expedido pelo judiciário nesta quarta-feira (13). Quinze minutos depois ele foi localizado e encaminhado à delegacia onde permanece à disposição da justiça.
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De acordo com o delegado André Garcia, o empresário alega legítima defesa e afirma ter ouvido pessoas andando sobre o telhado de sua casa e, no momento em que efetuou o disparo, a vítima estava tentando pular o muro de sua residência e pensou que podia se tratar de um assaltante. As alegações caem por terra diante das imagens gravadas pelo circuito de segurança da casa que mostram o contrário.
"Essa versão não encontra nenhum elemento informativo que corrobore. O que nós temos é exatamente o contrário do que ele diz. A vítima em momento algum subiu no telhado da casa do vizinho tão pouco tentou pular o muro. Ela apenas subiu na casinha de gás e ergueu o pescoço para ver de onde vinham esses disparos, talvez até preocupado com os moradores da casa", disse o delegado.
A arma usada no crime, uma pistola 380, foi apreendida pela Polícia Civil que vai indiciar o empresário pelo crime de homicídio qualificado.
O CRIME
Bruno Junior, de 33 anos, morreu após levar um tiro no rosto no último fim de semana, em Apucarana (PR). Segundo a Polícia Civil, a vítima estava em uma confraternização em uma casa na Rua João Batista Judai, no Distrito do Pirapó, quando foi atingida após olhar pelo muro para averiguar disparos de arma de fogo deflagrados no imóvel vizinho.
Testemunhas relataram à polícia que participavam de uma confraternização e que a vítima ouviu disparos de arma de fogo vindos da casa vizinha. Preocupado, Bruno subiu em um suporte para botijão de gás para tentar enxergar o que estava acontecendo por cima do muro, momento em que levou um tiro no rosto. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas o disparo foi fatal e o rapaz morreu no local.
Na casa do autor dos disparos, a polícia apreendeu uma espingarda de pressão modificada para calibre 22 com luneta, escopeta calibre 12, munições calibre 380, 14 munições calibre 22 deflagradas, munições de calibre 12 deflagradas, carregadores de pistola calibre 380 municiados, além de 11 estojos de pistola calibre 380 deflagrados.