Pais e alunos do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo, em Apucarana, fizeram um abaixo-assinado pedindo o fim das aulas online no ensino profissionalizante. O documento, que até a manhã deste sábado (21) reunia mais de 1 mil assinaturas, será encaminhado à Câmara de Vereadores, Prefeitura Municipal e Núcleo Regional de Educação (NRE).
Eduardo Augusto Vargas, pai de aluno matriculado no segundo grau da instituição de ensino e que também cursa o ensino técnico, estava no centro de Apucarana coletando assinaturas. Ele justifica que, no ano passado, antes do Novo Ensino Médio entrar em vigor, o Governo Estadual acionou os pais por meio da escola afirmando que o ensino técnico atrelado ao ensino médio seria de qualidade. No entanto, ele se mostra desapontado com a realidade vivenciada pelo filho e outros alunos.
"Todos os pais abraçaram a causa, porque conhecemos o Colégio Cerávolo e sabemos da qualidade dos cursos. No entanto, já na sequência desse ano eletivo, o governo colocou uma televisão na sala de aula e informou que o curso seria online. Então foi uma mudança abrupta no condicionamento da aula", comenta.
Insatisfeitos com a situação, os pais começaram a questionar o formato dos cursos profissionalizantes. "Estamos vendo a decadência desse ensino de péssima qualidade. Os alunos não conseguem absorver o conhecimento dessa forma", reclama.
Os pais exigem que o ensino técnico seja ministrado por professores dentro das salas de aula, acompanhando o desenvolvimento dos alunos de perto. "A gente vai buscar a reparação desse ensino, para que seja com professor em sala de aula", reitera.
A petição será encaminhada na segunda-feira (22) à prefeitura, Câmara de Vereadores e também ao Núcleo Regional de Educação (NRE). Segundo Vargas, a direção do colégio já teria protocolado um ofício junto ao NRE informando sobre a disponibilidade de professores que têm condições de ministrar as aulas presencialmente na escola.
Os cursos técnicos em administração de empresas, agronegócio e desenvolvimento de sistema ocorrem no modo virtual.
De acordo com o diretor do Cerávolo, Diego Fávaro, um ofício foi enviado à Secretaria de Educação do Paraná para a contratação de professores para aulas presenciais. "Os pais me procuraram para relatar os problemas e expliquei que a escola também não tinha conhecimento. Diante dessa insatisfação dos pais com a proposta de EAD, eu fui ao setor de educação profissional do Núcleo pedir ajuda. Entrei em contato com professores inscritos nos editais, realizei um ofício e entreguei ao Núcleo Regional de Educação, que na mesma hora enviou para a Secretaria de Educação. Isso foi dia 7 de abril e estamos aguardando a resposta", explicou.