A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar (PM), lançou neste mês uma operação que visa reduzir o número de homicídios em Apucarana. Foram pelo menos 17 mortes violentas apenas neste ano na cidade, segundo levantamento feito pelo TNOnline, sendo que pelo menos quatro foram execuções na “guerra do tráfico” na cidade.
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A operação começou no dia 8 de agosto e deverá ser reforçada a partir da semana que vem, quando será realizada de forma conjunta com a Polícia Militar (PM).
O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, afirma que a finalidade é reduzir o número de homicídios diante do alto número de mortes violentas na cidade. A operação não tem prazo para terminar e prevê ações de "saturação" nos bairros com maiores índices de criminalidade e tráfico de drogas.
“A Polícia Civil vai estar constantemente nas ruas, atuando em bairros da região que são sensíveis à prática de atividades criminosas, com objetivo, além de realizar esse trabalho preventivo e ostensivo de policiamento na rua, de prender pessoas que têm mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário”, assinala o delegado.
Ele afirma que nesses primeiros dias pelo menos cinco mandados já foram cumpridos. Para ampliar a atuação, a corporação criou um novo canal de denúncias. É o número de WhatsApp (3420-6700), que a população poderá mandar informações sobre tráfico de drogas, pessoas com mandados abertos, entre outros crimes.
“A partir da semana que vem, a gente vai estar em conjunto com a PM em um trabalho ostensivo, com o objetivo comum, de trazer uma sensação de segurança, reduzindo esses números absolutos de homicídios. Nós vamos nos unir para saturar de policiamento a cidade de Apucarana, principalmente nesses bairros mais sensíveis às práticas criminosas, com diversos pontos de tráfico de drogas”, acrescenta o delegado.
A Polícia Civil atua mais no trabalho de investigação, cabendo o policiamento extensivo à PM. Por conta da operação, os policiais civis também irão realizar essas ações efetivas nos bairros de prevenção.
Para isso, Marcus Felipe pede apoio da comunidade com denúncias. Cartões físicos e virtuais serão distribuídos para incentivar que os moradores repassem informações nas ruas.
ADOLESCENTE
Sobre o caso do adolescente baleado no "Fariz Gebrim", o delegado afirmou que a Polícia Civil segue com as investigações. "A Polícia Civil já instaurou inquérito policial adequado para apurar esses fatos e identificar e qualificar os autores desse crime. Já estamos já levantando imagens de câmeras de segurança e estamos também levantando outras informações através das ações de inteligência para que a gente possa identificar e, se for o caso, representar pela prisão desses envolvidos", disse.