Que o brasileiro tem a alma empreendedora, todo mundo já sabe, inclusive, nos momentos de crise, como a gerada pela pandemia de Covid-19. Aliás, é nos momentos de escassez de vagas que a criatividade entra em cena. Segundo o levantamento feito pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil deve atingir o maior patamar de empreendedores iniciais dos últimos 20 anos, o que representará uma taxa de aproximadamente 25% da população adulta.
Para o professor Tiago Ribeiro, da Unespar, campus Apucarana, especialista em Empreendedorismo, momentos de crise, como a própria pesquisa revela, são também os mais promissores para o mundo dos negócios. “O que chama a atenção neste cenário são os novos modelos de negócios, considerados uma alternativa, inclusive, para este momento de estagnação econômica. Esta nova geração de empreendedores, criam oportunidades não só para si, mas também para os negócios tradicionais”, pontua.
Na avaliação de Tiago Ribeiro, esse avanço é resultado de ações e programas de incentivos realizados por instituições como Sebrae e Instituto Endeavor, em parceria com universidades, prefeituras e iniciativas privadas. “Esses novos modelos de negócios são caracterizados por ter uma estrutura de operação diferente dos negócios tradicionais e foco total no cliente, proporcionando uma nova experiência para o consumidor”, resume.
Segundo ele, que é coordenador do Conecta Apucarana, esses novos modelos de negócios geralmente têm o mesmo modelo das startups. “São negócios que nascem sem a certeza que vai dar certo, mas que pode ser repetido em qualquer lugar do mundo, independente da cultura ou com pequenos ajustes, além de serem escaláveis. Esse tipo de negócio costuma atender 100, 1 mil ou 10 mil clientes com pequenas adaptações”, explica.
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