Ao menos 19 veículos furtados ou levados durante assalto foram localizados em Apucarana nos últimos quarenta dias, boa parte deles na zona leste. Levantamento com base em reportagens publicadas pelo site TNOnline, produzidas com informações dos boletins de ocorrências da Polícia Militar (PM), aponta que os veículos mais visados para arrombamento e furto são modelos antigos. A Polícia Civil investiga se há uma quadrilha atuando na cidade ou se o número de crimes do tipo são mera coincidência.
Nesta segunda-feira (7), um Ford Escort foi encontrado totalmente queimado próximo ao Lago Schmidt. Segundo o proprietário, o veículo foi furtado durante a madrugada.
No fim de semana, quatro veículos foram furtados o domingo na Festa do Café, no distrito do Pirapó, dois do modelo VW Gol e dois GM Corsa. No mesmo dia, a Polícia Militar (PM) localizou quatro carros abandonados em estradas rurais do município, sendo que dois tinham sido levados durante as festividades no Pirapó. Todos os veículos recuperados são do modelo Gol e estavam depenados.
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Também no fim de semana, a PM recuperou um CrossFox roubado após confronto que resultou na morte de dois homens de 27 e 37 anos, em uma casa na Rua Tereza Barreto Zanela, no bairro Jaçanã.
Poucos veículos recuperados estavam completos. Da maioria foram furtadas peças como carburador, motor, pneus, aparelho de som, bateria, estepe entre outras. No último mês a PM localizou carros furtados e roubados em Arapongas, Jandaia do Sul, Novo Itacolomi, e até de um caminhão roubado em São Paulo, todos desovados em Apucarana.
Delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) Marcus Felipe da Rocha Rodrigues investiga se há uma quadrilha atuando na cidade ou se os crimes são mera coincidência. “A região do Schmidt sempre foi um local de desova de veículos roubados e furtados. Estamos tentando conectar as peças”, disse.
A investigação ainda não identificou qual modelo de carro ou moto é mais visado, mas confirma que modelos antigos geralmente são alvo desse tipo de crime.
“Não dá para estabelecer um padrão, normalmente são veículos populares mais antigos que não têm tanta tecnologia que possa dificultar o furto”
- Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, Delegado
O delegado diz ainda que a investigação suspeita que as pessoas que levam os veículos podem não ser as mesmas que retiram as peças para receptá-las. “Teve muito veículo usado em assaltos. A pessoa usa o veículo e depois abandona. Algum aproveitador já sabe que estão desovando e vai lá retirar as peças”, suspeita.
Por Cindy Santos