O mundo ultrapassou nesta segunda-feira (28) a marca de 1 milhão de mortes provocadas pelo novo coronavírus, segundo a Universidade Johns Hopkins. O Brasil e os Estados Unidos são os países com os maiores números de óbitos.
A velocidade da pandemia também chama atenção: enquanto o mundo levou seis meses para registrar as primeiras 500 mil mortes, foram necessários somente três meses para registrar as outras 500 mil. As últimas 100 mil mortes foram registradas em 12 dias.
O chefe da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, Altimar Carletto comentou sobre o assunto e diz que não é hora de baixar a guarda para os cuidados com a doença. “Um número extremamente emblemático. Um milhão de mortos por uma patologia é algo que deixa a todos boquiabertos, preocupados, tristes e outros diversos adjetivos”, lamenta.
Altimar conta que quando a pandemia começou, não imaginava que chegaria a esse número. “Não imaginava que chegaríamos tanto, e o que é pior que ainda estamos dentro do furacão. Quantos ainda vão morrer pela doença? Não temos a menor noção de como ainda vai evoluir essa pandemia em termos de número, e isso nos deixa apreensivos e preocupados. Realmente, um milhão de mortos é muito emblemático”, acrescenta.
Como chefe da regional, Altimar diz que o que pode dizer à população é que não baixe a guarda. “Vamos continuar lutando com todas nossas armas. A pandemia ainda não acabou e este é um momento de se esforçar ao máximo. Continue usando máscaras, usando álcool em gel, lavando as mãos e mantendo o distanciamento social. Está longe de ter uma condição e pensarmos em normalidade”, explica.
Como médico, Carletto só lamenta tantas vidas que se foram. “Lá no futuro, quando tivermos medicamentos, vamos lembrar de tanta gente que se foi e que poderia ter sido salva. Lamentaremos muito essas mortes. No entanto, por enquanto, vamos levantar a cabeça e ter esperança, que é algo que nos move, para a superação desses momentos tão difíceis. Vai chegar este momento, mas até lá vamos cuidar um dos outros”, complementa.