O número de mortes ocasionadas a partir de confrontos com policiais aumentou 15% na região em 2022 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Mais municípios da região registraram no ano passado ocorrências policiais com mortes. Foram 15 óbitos no total em oito cidades, sendo 5 em Arapongas, 3 em Apucarana, 2 em Mauá da Serra e as demais em Jandaia do Sul (1), Lunardelli (1), Sabáudia (1), Faxinal (1) e Califórnia (1).
Em 2021, o número de óbitos em confrontos com policiais somou 13 registros em cinco municípios. Foram 8 em Arapongas, 2 em Apucarana e as outras em Jandaia do Sul (1), Lunardelli (1) e Mauá da Serra (1).
No Paraná, as mortes aumentaram 17,3%. Foram 488 em 2022 contra 416 em 2021. São contabilizadas para o levantamento as ocorrências com policiais civis e militares e guardas municipais. A maior parte dos registros vem de confrontos com policiais militares: 483 (75 mortes a mais do que o registrado em 2021). Também houve dois casos envolvendo policial civil (um em Guaíra e outro em Quitandinha) e três com guardas municipais (dois em Curitiba e um em Araucária).
As cidades que mais registraram vítimas em situações envolvendo agentes de segurança foram Curitiba (121), Londrina (50) e Foz do Iguaçu (22).
O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para a diminuição da violência das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público com esse intuito são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.