Mais três mulheres de Apucarana, que estão presas em Brasília por participação nos atos golpistas do último domingo (8), passam pelas audiências de custódia na manhã deste sábado (14). Outros quatro presos foram ouvidos nesta semana. Um foi ouvido na quinta-feira (12) e os outros três nesta sexta (13) por juízes federais de 1º grau. A informação é do advogado Luiz Fernando Vilasboas, que representa 12 apucaranenses presos na Capital Federal.
Ao todo, 1.398 pessoas (veja a lista completa aqui) estão detidas após participação na manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acabou em invasão e destruição das instalações do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, segundo última atualização da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF).
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Os homens estão no Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda, e as mulheres na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia. Entre os apucaranenses presos estão desde trabalhadores com carteira assinada, aposentados até empresários. Pelo menos 40 moradores da cidade podem estar presos em Brasília, segundo estimativas do advogado.
As audiências de custódia permitem ao juiz analisar a situação de cada pessoa detida e averiguar se permanecem os motivos que fundamentaram a prisão. Também permitem verificar a ocorrência de eventual tratamento desumano ou degradante. No entanto, o advogado apucaranense afirma que o padrão adotado pelos juízes federais é o de manter as detenções. “Todas as prisões estão sendo mantidas pelos juízes de primeiro grau e os pedidos de liberdade encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes”, informou Vilasboas.
Segundo ele, o clima é tenso por conta da dificuldade de acesso aos presos. O apucaranense conta que um advogado foi detido no final da tarde desta sexta-feira (13) ao tentar entrar com kits de higiene e roupas para um cliente. “O clima na Papuda está extremamente acalorado”, observa.