Gilvan Rodrigues da Silva Junior, de 25 anos, executado a tiros na noite desta terça-feira (30) no Distrito do Pirapó, em Apucarana (PR), é um dos envolvidos no assassinato de Luciano Aparecido de Pontes, 28 anos. O homem foi morto brutalmente em 2017 e teve a cabeça arrancada e lançada a metros do corpo. De acordo com o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, Gilvan foi o responsável pela decapitação.
O jovem possui passagens pela polícia e é conhecido por diversos crimes no meio policial. Ele estava preso, mas foi assassinado em uma das saídas temporárias da qual tinha direito. "Ele estava preso, mas estava saindo. Gilvan tinha direito a algumas saídas temporárias durante o ano e, nesse período que ele foi morto, ele estava nesse direito. Ele estava com benefício de portaria, então ele podia sair e ficava uma semana fora, depois retornava ao sistema", explicou o delegado. Além do homicídio de Luciano Aparecido, o rapaz estava respondendo por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
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Um inquérito policial já foi instaurado para investigar a morte de Gilvan, e as evidências apontam que o caso se trata de uma execução. "Pela quantidade de tiros, o local onde os tiros acertaram na vítima, a gente [polícia civil] acredita, sem sombra de dúvida, se tratar de uma execução", afirma Rodrigues. O jovem de 25 anos, que é natural da cidade de Campo Maior, no Piauí, foi morto com disparos de arma de fogo na cabeça. Ele estava no quarto com a companheira, uma mulher de 18 anos, quando foi surpreendido por dois atiradores. A namorada foi atingida por um tiro no ombro e levada para o Hospital da Providência pelo Corpo de Bombeiros.
O delegado-chefe reforça que o alvo de crime era Gilvan. "A companheira dele acabou tomando um tiro, porque o homicídio aconteceu no quarto, então um ambiente pequeno. O Gilvan deve ter tentado sair do local onde ele estava e, nesse momento, ela acabou sendo atingida. Até porque se eles quisessem ter matado a moça, teriam feito isso sem nenhuma dificuldade", afirma.
Ainda segundo o delegado, a polícia recebeu informações de que Gilvan estaria supostamente com uma arma de fogo na residência, mas nada foi localizado durante as buscas. "É muito precoce ainda para falar se eles [atiradores] entraram com a finalidade de executar o Gilvan ou de pegar a arma de fogo e executar o Gilvan. O fato é que foram feitas buscas na residência e a possível arma que poderia estar na residência não foi localizada pela equipe da Polícia Civil", relata o policial.
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A execução do jovem pode ter várias motivações, e as investigações da 17ª SDP estão em andamento para desvendá-las. "As investigações estão abertas para buscar saber quem são os autores e saber também qual é a motivação desse crime. E o Gilvan, como eu disse, ele já tinha passagens policiais. Ele estava respondendo pela prática de crime de tráfico de drogas, porte de arma de fogo, o homicídio do Luciano, onde ele foi a pessoa responsável por decapitar a vítima. Então isso pode ser alguma vingança do passado, pode ser alguma coisa recente, alguma briga de alguma coisa dentro da cadeia pública também", finaliza o delegado.
A Polícia Civil de Apucarana conta com um número de WhatsApp para denúncias. O delegado-chefe informa que as denúncias são anônimas e de grande importância para a corporação. "Se alguém quiser fazer essa denúncia, tiver a informação, faça através desse contato diretamente com a Polícia Civil pelo WhatsApp 3420-6700".