Insegurança: Taxistas de Apucarana relatam medo após assaltos

Autor: Da Redação,
terça-feira, 22/11/2022
Taxista foi roubado no último dia 17/11 e ladrões bateram o carro

Taxistas que trabalham em Apucarana estão temerosos após dois colegas de trabalho serem alvos de assaltantes na semana passada. Um dos crimes ocorreu na madrugada do último sábado, quando o motorista foi rendido com uma arma de fogo durante uma corrida da Rodoviária até o Núcleo Habitacional João Paulo I.

O taxista transportava três jovens quando foi agredido com socos e ameaçado com uma arma de fogo. Rendido,  acabou amarrado em uma árvore no Parque da Raposa. O taxista conseguiu se soltar logo após os ladrões fugirem levando o veículo, um Onix, dinheiro e celular. O carro foi localizado na manhã de anteontem no Recanto Estoril, zona rural, bastante danificado.

Outro taxista, de 56 anos, foi alvo de um crime praticado com as mesmas particularidades, na última quinta-feira. A vítima foi amarrada por três passageiros que pediram uma corrida do Residencial Jaçanã . Durante o trajeto, o motorista foi rendido, amarrado  e colocado no banco de trás. Um dos criminosos assumiu a direção, mas como o carro é automático, ele se atrapalhou. O assalto terminou após o veículo bater contra um poste. 

Amigo de uma das vítimas assaltadas, o taxista Reinaldo Pedro da Silva, de 67 anos, afirma ter medo. Ele, que atua há 12 anos no ramo, mudou sua rotina após sofrer uma tentativa de assalto há aproximadamente 3 anos.    

“Quando fui rendido, pensei que não ia mais voltar para a casa. Mas eu consegui dar partida no carro e fugi. Não me levaram nada, mas parei de trabalhar à noite”

- Reinaldo Pedro da Silva, taxista
Outro taxista que trabalha há 8 anos, e pediu para não ter o nome divulgado, levanta a suspeita de que os crimes foram praticados pelas mesmas pessoas. Depois dos assaltos recentes, o clima é de apreensão, principalmente para quem trabalha a noite, como é o caso dele. 

“Nosso trabalho é perigoso. A gente tenta entender a corrida, tenta sentir se o cliente passa segurança ou não. À noite, infelizmente, não tem muito o que fazer. Muitos acabam correndo o risco porque precisam trabalhar”, afirma.

A Polícia Civil investiga os dois crimes. Até a publicação desta reportagem, nenhum suspeito havia sido preso.

Por, Cindy Santos.