O número de incêndios ambientais praticamente triplicou em Apucarana (PR) no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho foram atendidas 217 ocorrências envolvendo queimadas na cidade, uma alta de quase 200% em comparação com período homólogo do ano passado, quando foram atendidas 73 ocorrências do tipo. Os dados são do Sistema de Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros que também mostram aumento de 120,8% nas queimadas em todo o Paraná, que soma 5.904 ocorrências nos primeiros seis meses do ano.
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Junho é o mês com maior número de atendimentos em Apucarana com 67 ocorrências do tipo. O período com maior número de ocorrências coincide com a duração da estiagem, uma vez que não chove desde abril na cidade.
Nesta quarta-feira (3), um leitor denunciou incêndio ambiental no Parque do Japira. Imagens mostram o fogo se alastrando destruindo parte da vegetação. "Tem pessoas idosas com problemas respiratórios. Uma árvore pegou fogo com risco de cair na fiação. As autoridades precisam tomar alguma medida", escreveu o morador que preferiu não se identificar. Assista o vídeo no fim do texto.
Segundo a tenente Ana Paula Zanlorenzi, do Corpo de Bombeiros, é justamente essa combinação de calor com tempo seco que aumenta os riscos de incêndios ambientais. “Com a umidade relativamente baixa e altas temperaturas, como temos registrado, são fatores que favorecem a propagação mais rápida desses incêndios ambientais. Tudo isso facilita a ocorrência de queimadas, porque essas chamas iniciam de uma forma pequena e tomam proporções muito grandes”, explica.
A tenente frisa que quase todas as queimadas são associadas à atividade humana. “São pessoas que vão limar seus terrenos e queimam a vegetação; bitucas de cigarro jogadas à beira da rodovia; além de situações criminosas onde pessoas ateiam fogo na vegetação por vandalismo”, explica.
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Com esse tipo de conduta aumentando em todo o país – o Brasil registrou meses 17,1 mil queimadas, 81% a mais que no mesmo período do ano passado – a tenente orienta o registro de denúncia em órgãos competentes, uma vez que esse tipo de prática configura crime ambiental. “ A orientação é registrar denúncias nos órgãos competentes, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Polícia Ambiental. Se possível, fazer registro fotográfico ou repassar imagens de câmeras de segurança para que as medidas cabíveis sejam tomadas”, assinala.
Assista: