A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já soma quatro semanas. Cerca de 80% dos profissionais estão parados no Paraná, segundo a associação que representa a categoria.
Na região, o protesto tem adesão de 100%. Em Apucarana, os sete médicos peritos cruzaram os braços em 29 de março. São 21 dias úteis de greve até esta sexta-feira (29). Cada profissional faz 12 perícias por dia. Com isso, 1.764 pessoas deixaram de ser atendidas apenas em Apucarana.
Os peritos da agência apucaranense do INSS atendem a população de toda a região, inclusive de Arapongas. A Previdência Social concentrou em Apucarana o atendimento, incluindo da cidade vizinha, que conta com uma agência. Em Ivaiporã, a única perita contratada também aderiu à greve. Em 21 dias, ela deixou de realizar 252 atendimentos.
De caráter obrigatório, as perícias são necessárias para fundamentar a concessão, prorrogação ou interrupção do pagamento de auxílio-acidente, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
O INSS orienta para que os trabalhadores façam o reagendamento das perícias. No caso das agências onde a greve é de 100% dos médicos, as pessoas podem realizar o procedimento pelo telefone 135 ou pessoalmente. Caso o cidadão não compareça, mesmo com a greve, ele pode ser considerado desistente no sistema informatizado.
Os médicos peritos reivindicam reajuste emergencial de 19,99% e abertura de negociações com o governo. A categoria afirma que está há cinco anos sem qualquer reposição das perdas salariais. Os servidores federais também reclamam das condições de trabalho e exigem a realização de um concurso público para repor o quadro de pessoal.
Por Fernando Klein