Greve dos Correios tem adesão de carteiros em Apucarana

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 08/08/2024
Carteiros em greve na agência de Apucarana

Trabalhadores do Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado nas agências de todo País nesta quarta-feira (07). Na agência de Apucarana (PR), houve adesão de pelo menos 12 carteiros nesta quinta-feira (08), segundo informações do Sintcom-PR (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná). Segundo a entidade, o número representa 60% do total desses trabalhadores.

O TNOnline consultou fontes dos Correios, que informaram que a adesão seria, no entanto, de 25% do total. A agência funcionou durante o dia normalmente. Os demais trabalhadores estão cumprindo expediente.

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A categoria quer reajuste salarial, diminuição do custo do plano de saúde e mais vagas em concurso público.  Os trabalhadores não aceitaram a proposta oferecida e anunciaram a paralisação nacional. 

Em comunicado à imprensa, os Correios informaram que as agências funcionam normalmente em todo o país com todos os serviços disponíveis. “A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato”, justifica a empresa.

Ainda em nota, os Correios disseram foi oferecido um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 mais aumento de 4,11% nos benefícios a partir de agosto de 2024. “Outra melhoria proposta pelos Correios é o aumento de 20% para os empregados que possuem a função “motorizada” – ou seja, motociclistas e motoristas”, acrescenta o texto.

A empresa ainda diz ter acrescentado o pagamento de um vale alimentação/refeição extra no valor de R$ 50,93, nos meses de agosto a dezembro de 2024, para empregadas e empregados com remuneração até R$ 7,3 mil, e o pagamento de um vale extra, chamado de ‘vale-peru’, de R$ 1.120,47 para todas as empregadas e os empregados, que será pago no mês de dezembro de 2024.

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“Sobre o plano de saúde, o processo de alteração do regulamento para redução da coparticipação de 30% para 15% tem previsão de implementação no próximo mês, após a realização de ajustes necessários para adequação às normas vigentes”, explica a empresa. No comunicado à imprensa, os Correios também criticaram a tentativa de privatização da empresa, intensificada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O processo gerou, segundo o texto, “incerteza e insegurança para empregadas e empregados. Além disso, o governo anterior havia retirado mais de 50 cláusulas do acordo coletivo dos Correios, extinguindo direitos históricos”.